domingo, 21 de novembro de 2021

Manancial ou violência... Qual seu tipo?

           Como seria ter uma conversa com Salomão? Quais tipos de colocações poderíamos fazer? Quais seriam suas comparações? Quais jargões ou palavreados?

Não sei quanto a você que me acompanha e lê meus escritos, mas a todos os meus dias vividos, e no meio daqueles que pelo menos uma única vez tenha lido a bíblia e nesta única vez ter esbarrado com o livro de Provérbios, não tenha deparado, comparado e se conflitado com a forma clara e direta que Salomão nos confronta com a forma que, reforço aqui, no meio ou para os que têm o habito da leitura da bíblia, usar termos no dia a dia, nas formas tão baixas, improdutivas, pejorativas e amaldiçoadoras...

Como pode de uma fonte de agua doce jorrar agua salgada? E da agua salgada jorrar agua doce?

Da para assoviar e chupar cana? Ou enxugar uma pedra de gelo? Talvez você consiga ou conhece alguém que consiga subir para baixo, ou quem sabe ainda voltar de onde não foi...

Perdoe-me as colocações, e se tratando do homem mais sábio que já existiu usar termos ou comparativos como estes parecem de certa forma descredencia-lo e desmerecer a sábia escolha que Salomão fez.

Porem o que quero fazer aqui é de fato expor e deixar bem evidenciado que a forma que muitos de nos temos usado nossa língua, nosso linguajar partindo do principio que somos conhecedores da palavra e servos, discípulos e filhos de Deus, é inadmissível que se ouve e que ainda saia de nossas bocas, palavra às quais ouvimos todos os dias saindo da boca de vários cristãos.

Mentiras, mentirinhas e mentironas, isso é natural... Natural? Um assunto para outro dia.

Mas as palavras e colocações diárias que ouvimos, essas fazem doer os ouvidos, massacram a alma e abrem covas para enterrarmos muitos que por nós deveriam ser resgatados e esclarecidos.

Ouvimos frases ditas por conhecedores da palavra, e colocações a respeito de pessoas que assustam...

Aquele fulano parece mais uma Bi***na, ou Parece um v**do, ou aquelas do tipo, um filho da p*t*, ou vai se Fu**r, ou naqueles momentos de escapuliu, po**a... Uma grandeza em pejorativos, frases que colocam em cheque o fato de serem conhecedores ou que já tenha pelo menos uma única vez lida e ouvido os mandamentos.

Talvez você esteja neste momento pensando que estou exagerando ou talvez inventando...

Pense um pouco, veja seu redor... Um amigo cristão no bate papo descontraído, no futebol, no churrasco, no trabalho...

No livro de Provérbios escrito por nosso ilustre Salomão, no capitulo 10 versículo 11 diz que a boca do justo (aquele que conhece) é manancial de vida (sabe o que quer dizer manancial e vida né!), mas a violência (essa também da para dizer o significado certo?) cobre a boca dos ímpios.

Quer que eu seja mais claro? Posso ser!

Que crente meia boca, que cristão mascarado, que discípulo fajuto que eu sou?

Que boca maldita é essa minha que não profiro vida?

Que quantidade de maldição e morte tenho espalhado ao abrir minha boca?

Não da mais!

É um amontoado de gente que diz ser e não é coisíssima nenhuma...

Não para nem um segundo para melhorar, qualificar as colocações e palavras que vão proferir, mesmo que para alguém que ao seu modo de ver não mereça tal trabalho...

Avaliamos com nossa capacidade fenomenal de conhecimento e logo abrimos nossa boca e classificamos a todos os que não nos agrada ou que não fazem parte do nosso meio ou quem sabe vivem de maneira que não concordamos.

Entramos assim no ponto crucial do que a palavra nos ensina...

Se existem pecadores? Sim eu sou!
Se existem homens maus? Existem!

Se existem aqueles enganadores, mentirosos e maliciosos? Sim existem!
Se há os que usam de seus corpos e mentes e profanam a verdade e que tentam desqualificar aquilo o qual Deus criou? Milhares.

Porém, cabe a nós, usar palavras de vida e não de morte, usar a verdade com base na palavra e na maneira de gerar arrependimento e que, não sejamos soberbos, presunçosos ou geradores de ódio e divisão.

Não devemos e nem iremos aceitar o pecado, não seremos coniventes e fazer vista grossa ou tentar classifica-lo como brando talvez...

Mas quando formos tratar do pecador, primeiro lembramos que somos responsáveis em Cristo de levar vida, elevar vida começa primeiro pelo nosso agir.

Agir em conhecimento, em atitudes e em palavras.

Então, antes de criar adjetivos, antes de proferir um palavrão, antes de dizer uma palavra pejorativa, antes de fazer colocações levianas, lembre-se que o julgamento cabe a uma única pessoa, cabe a Deus, e o que nos cabe como filhos é examinarmos a nós mesmos antes de qualquer exclamação realizada...

Façamos valer o que temos lido e aprendido na palavra, o olhar de misericórdia e o amor ao próximo não é opcional, é retribuição por aquilo que um dia nos foi concedido.

Abramos nossas bocas para que nossas palavras sejam mananciais de vida, caso contrário mantenha-a FECHADA.

Elizeu B. Oliveira – 21/11/2021

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