Gostaria de fazer uma pergunta e
confesso, parece até meio idiota, mas vou perguntar assim mesmo: Quem foi seus
TRISAVÔS (ÓS)? Ou seus TATARAVÔS (ÓS)?
Por incrível que pareça, fico
perplexo quando me deparei com tal situação. Qual o nome? O que eles faziam? Eram
de alta ou baixa estatura? Morenos ou ruivos? Como nasceram? E como morreram?
Bem, eu nada sei mesmo, e falo mais,
isso é vergonhoso.
O que quero dizer é muito simples,
valores...
Por onde andam? Quem somos? E por que
assim somos?
Quais nossas tradições? Em que somos
alinhados? O que trazemos como marca? Legado?
Isso me destruiu por dentro, quando
me deparei com certas situações e perguntas que meus filhos me fazem todos os
dias...
De onde viemos?
Por que meu cabelo é assim?
A cor dos meus olhos tem algum motivo de ser assim?
Meu sobre nome... Qual é a historia dele?
Por que se prepara algum alimento desta forma?
É verdade o que dizia a vovó?
E isso é na verdade o mínimo que
possam vir a me perguntar...
Percebo que estou sem identidade,
estou meio que sem uma referência do que sou da maneira que faço as coisas e da
forma que creio nas mesmas.
E o que é pior, sem referência não há
a possibilidade de dar referência.
A pergunta que não quer calar: E meus filhos?
E nossos filhos?
Acredito que algumas mudanças devem
ser feitas urgentemente, coisa assim para ontem mesmo.
Deixar de lado algumas balelas,
normas, praticas modelos e crendices criadas por nós mesmos para fazer da família
uma fábula, um conto e não uma enciclopédia eterna.
Hora de ajuntar os filhos e dizer para
eles de onde viemos, nossas raízes, nossos ancestrais...
Hora de ajunta-los e contar historias.
Tristes, alegres, assombrosas, ridículas, engraçadas... Eternas.
Viveram da mesma forma que nós? Não interessa.
Creram da mesma forma que nós? Também não
interessa. O que realmente interessa é o legado, a referência, o que deixaram e
o que poderemos deixar...
Vivemos em tempos de horário para
tudo, liturgias, ordens para eventos e nos esquecemos do primórdio, da criação e
de tudo o que o criador fez, da forma que fez. Creio que não foi a toa que na
sua palavra Ele mesmo menciona sobre QUARTA GERAÇÃO.
Elizeu
Batista de Oliveira
13dejulho2015