segunda-feira, 6 de setembro de 2021

SERIA FIADOR DE TI MESMO?

 Colocaria a mão no fogo por essa ou aquela pessoa?

Você garante?

Assumiria o risco?

Assinaria em baixo?

Gosto sempre de alertar que meus escritos são para aqueles independente da “religião” na qual fazem parte, mas que creem na pessoa de Cristo e que tentam imita-lo dia a pós dia e que tem na palavra um manual, um livro de diretrizes, um livro de ordem, fé e pratica.

Assim, as perguntas acima passam a ter mais significados, ser muitas coisas... Mesmo o que a palavra diz que seriamos... 

Reflexo do que poderíamos ser.

E a questão aqui nem está no fato de nos responsabilizarmos por alguém, assumir a conta ou colocar-se na posição de representar tal pessoa ou endossa-la, antes fosse, afinal caso esta pessoa pise na bola, o problema seria dela e não meu.

Sei que esta vertente é séria e triste ao mesmo tempo pois estamos rodeados de pessoas que não confiamos... ou que não são confiáveis... Um sentimemto.

Mas assim fica muito fácil, afinal a responsabilidade não seria minha e sim de outrem.

Quando Paulo escreve a Filemom pedindo que ele recebessem um ex funcionário que outrora o traíra, ele assume a responsabilidade pois entre esse pedido e a postura de Filemom existe uma questão que tem o poder e a capacidade de dar enredo a história e fazer dela uma lição...

Para toda ação uma reação certo? Lei da física...

Para toda negociação um fiador, alguém que possa garantir que aquela transação, aquele pacto aquela negociação estará segura...

Não foi simplesmente aceite-o e pronto, não mesmo. Teve um endosso, uma palavra, uma garantia.

Quem passa a dever agora é Paulo, ele assumiria toda e qualquer dívida.

Claro que a partir daquele momento Onésimo deveria cuidar da sua nova condição e honrar o preço pago pelo amigo e amado irmão Paulo.

Mas essa questão aqui, neste contexto é a menor delas, afinal aquém assume a conta terá a responsabilidade de paga-la e não podemos deixar de mencionar que alguém acredita que está conta será paga.

A questão mais importante neste contesto: 

Você seria seu próprio fiador?

Assumiria qualquer dívida, responsabilidade por você mesmo?

Seria capaz de enviar uma carta recomendando-te a alguém?

Assumiria a dívida por ti mesmo?

Tudo isso aqui, diz ao nosso respeito, que tipo de cristãos nós somos? 

E o fato de estamos nos enganando todos os dias...

Viver vestes novas e limpas em um corpo doente e sujo?

Quais as garantias posso dar de mim mesmo?

Quais são meus níveis de integridade e honestidade?

Esse corpo seria de “Frankenstein?”

Tenho recebido, tenho compartilhado!

 

Elizeu B. Oliveira – 06/09/2021

domingo, 5 de setembro de 2021

Somos traídos? Sim... Podemos nos sentir chateados? Também... temos escolhas!

Ao final da segunda carta de Paulo a Timóteo, percebemos algo muito forte nas palavras deste apostolo, e que é perceptível, que mostra com clareza e intensidade a fragilidade humana em aspectos diversos...

Muitas coisas neste texto podem nos chamar a atenção, muitas podem passar desapercebidas e assim já relembramos algo que é verdade, a renovação destas palavra a cada dia, a cada hora que a lemos.

Mas a pergunta que não cala: Um homem como Paulo poderia estar reclamando? Ressentido talvez? Chateado?

Como um homem com as características de Paulo poderia estar se sentindo lesado, abandonado e tecendo comentário sobre pessoas que não o ajudaram em momentos difíceis e quem sabe finais? O que estava pensando?

Ele diz que um tal de Alexandre o latoeiro o causara muitos males...

Demas o desamparara...

Ainda se queixa de que estivera sozinho em ocasião da sua prisão e que na sua primeira defesa ninguém estava lá o assistindo...

Podemos então nessa estrada de conhecimento e revelação na bifurcação que ela nos apresenta, escolher o melhor caminho...

Melhor caminho para meu eu pessoal, que os frutos colhidos as amizades criadas, as aventuras vividas, as riquezas conquistadas terão fim e tragicamente minha chegada será sozinho e desamparado, sem um descanso necessário.

Ou traves uma estrada de que esquecendo-me de mim mesmo e tentando imitar diariamente ao Mestre possa sentir a dor da partida, a traição de seus amigos, a agonia de estar sozinho, traído pelas pessoas nessa caminhada que parece ser longa mas curta se faz.

 Um caminho de renuncias e abdicações um passo a passo em direção ao descanso, não merecido, mas conquistado para mim.

Em meio a tantos e tantos amigos e irmãos não tenhamos em nós a condição de sermos intocáveis, indestrutíveis e imparáveis, nem deixemos que estas possíveis prerrogativas nos engane a ponto de pensarmos que nunca seremos traídos abandonados e ou afligidos...

Nem tão pouco que estas mesmas atribuições nos engane a ponto de que elas e tão somente elas nos isentarão de lutas, desprezos e traições...

Sim mesmo como o próprio apóstolo, ficaremos sozinho e poderemos sim chegar ao ponto de nos queixarmos por isso.

Nossa condição, status, dinheiro, conhecimento, nada disso é capaz de nos livrar de traições e abandonos, nada dessas coisas são capazes de nos manter imbatíveis e seguros em nossas compreensões...

Olhar para grandes homens e mulheres e dizer que são poderosos, que possuem de tudo e que todas as coisas estão a sua disposição é engano, nos traímos constantemente.

Sejamos francos, realistas em nossos relacionamentos, preparados para muitas decepções...

Sejamos ávidos enquanto vivos nesta atmosfera terrestre, porém para que com bom combate, luta mesmo, sejam bem combatidos, principalmente no que diz respeito as pessoas mesmo as mais próximas, sejamos selados na fé e conhecimento...

E para aqueles que se enquadram nas características de difícil confiar, pessoas que não perdem uma boa oportunidade de tirara vantagem em tudo, que o ser, a pessoas pouco se tem valor, aquele tipo que nunca olha para o próximo com compaixão e que na primeira oportunidade trai e abandona, deixo o comentário do próprio Paulo que diz: “O Senhor lhe pague conforme as suas obras...”

Qual seria meu perfil?

 

Tenho compartilhado!

Elizeu B. Oliveira

05 de setembro de 2021