sábado, 7 de dezembro de 2019

FALANDO SOBRE O MENINO...



Lucas 2:1-7
Um decreto, não sendo tão específico, mas com foco no raciocínio e entendimento para este texto, é um tipo de ordem governamental de um lugar, pais, estado ou município emana da autoridade ou órgão desse lugar.
Isso nos remete ao fato de que Deus não faz nada por acaso e que todos os seus planos têm um propósito específico e eterno e mais ainda não burla, não de jeitinhos e muito menos fere sua integridade e justiça alterando normas e leis para que sua vontade seja estabelecida, Deus faz dentro de toda a legalidade, justiça e juízo.
Sim o menino teria que nascer em sua terra!
O menino teria que representar uma linhagem, uma família, uma casa...
O menino teria que vir ao mundo dentro da verdade e não sob mecanismos adulterados e impostos e de forma questionável... Um decreto!
Um alistamento.
O fato aqui e quero pontuar é muito simples...
Posso sugerir que se caso tal alistamento não tivesse ocorrido, Jose e Maria teriam saído de onde estavam?
Posso esperar que muitos venha dizer que Deus é Deus e que ele poderia ter alterado o que bem entendesse e mudado tudo.
Ou talvez ter criado algum fenômeno natural, seca, neve, uma forte tempestade e fizessem com que os pais desse menino saíssem de onde estavam e fossem para Nazaré...
O fato aqui é claro e objetivo, e o que se percebe tanto aqui como em várias outras circunstâncias na bíblia é que Deus age dentro das normas legais e acontecimentos reais, não burla as leis, nem físicas e nem tão pouco administrativas e governamentais de um lugar.
Deus não corresponde meias verdade ou como diz o ditado “que escreve certo em linhas tortas” Deus concerta as linhas e escreve sobre elas.
Lucas é direto e específico em relacionar os atos ocorridos na época para mostrar a fidelidade de Deus com a verdade, justiça e mostrar que o natural, o cotidiano de cada pessoa é regido sim por ele e dentro do contexto de cada um, lugar e cultura.
Assim, toda essa logística não foi sem finalidade, mas orquestrada pelo grande e maravilhoso proposito de Deus dentro dos padrões legais e naturais da época e naquela região.
Um outro fato que tem uma grande relevância e não se deve ser esquecido é a questão da família, isto é, um lugar, um nome, uma linhagem, uma referência, um legado.
Pego um gancho aqui para aconselhar aos homens que este é um momento impar para uma boa reflexão.
Lucas novamente é metódico quando se trata de linhagem, casa, família, nome...
Ele associa o nome de José ao lugar, era da Galileia, da cidade de Nazaré onde a pequena Nazaré se situava berço de nada mais nada menos que Davi, o grande rei.
Uma linhagem, um nome, um legado.
Quem é você homem?
Que homem é você que vem de uma linhagem, uma família um legado?
Quem é você homem que sabe para quantos lhe doou seu sobrenome sua história, sua marca? Quantas gerações se faz para que chegasse até aqui e quantas mais essas gerações se pendurará?
Quem é você homem que respeitará normas e leis e que será integro ao seu brasão e fiel as suas tradições?
Quem é você homem, que filhos, netos e bisnetos olharão para traz e saberão realmente e de fato quem são e que eles têm uma identidade, uma marca um propósito?
Quem é você homem que como ouvinte e praticante dos bons costumes, fiel as leis e temente a Deus serve de referência as suas futuras gerações e que sem abrir a sua boca é baluarte e símbolo de ensinamentos e admiração?
Quem é você homem que honra suas alianças e é fiel a sua palavra, carta viva e promissória assinada em branco?
Quem é você homem que rocha será e esteio firme do seu lar para que sua descendência saiba que seguros estão e que o abandono nunca fará parte das suas vidas?
Que homem é você que semelhante ao metre a sua esposa conquistou e escolheu honra-la, ama-la e ser fiel a ela entregando a própria vida?
Deus fez com que um decreto, para que um alistamento fizesse em especial um casal voltar para suas origens para que um menino, esse menino nascesse no seu berço, na sua casa, na sua terra, terra dos seus antepassados, terra da sua história.
E o tempo?
Qual tem sido nossa marca para que possamos esperar?
O tempo, os dias, as esperas... hoje esperar por trinta minutos é praticamente impossível.
Mulher, a espera, tem sido um martírio?
Nada se dá sem a paciência ou a longanimidade e muitas ruinas surgem pelo fato de que o ontem ou o amanhã tornaram-se mais importante que o hoje e assim a ruina aparece e tudo o que se tem construído desaparece.
Mas Maria, a mãe desse menino esperou...
Ela poderia, desde que o marido já alistado, voltar para onde moravam, vizinhos e amigos conhecidos, ajudariam com a chegada do bebe...
Não correria riscos desnecessários e contratempos naturais.
Porem Lucas diz que ficaram ali até se cumprir os dias que ela havia de dar à luz.
Devido ao decreto muitas pessoas no lugar, falta de local para que pudessem se hospedar... O menino vem ao mundo.
Hoje em dia atuais, manjedoura é algo bonito, nome simpático e cartão postal de várias lojas e suas vitrines.
Que tal “Tabuleiro onde se coloca o alimento para animais? ”
Sabem o que esse menino tinha? Pais verdadeiros, tinha família, um legado.
Sem um quarto dessente, limpo, cheiroso e quentinho...
Sem um berço, cores e chocalhos...
Um pai que se esforça e por mais improvável aceita o lugar para que pudessem passar a noite e quem sabe fosse a noite da chegada do seu filho...
Foi firme e honrado, fez o seu melhor e de forma integra e justa, não subordinou a ninguém, não mentiu e nem tentou burlar sistemas e pessoas...
Recebeu de bom grado e tratou de fazer de um “tabuleiro de alimentar animais” um lugar propicio, “manjedoura” para que seu filho pudesse ficar.
Uma mulher, uma esposa idônea e que de fato reconhecia seu lugar, era submissa, isto é, conhecia a missão do esposo e a esta missão estava posicionada...
Sabia, reconhecia o amor do marido e a escolha feita por José de tê-la como sua amada e protege-la, guarda-la...
Tinha a convicção do seu emprenho e esforço por fazer o que de melhor poderia por ela e pelo menino que estava por nascer.
Uma mãe que como diz Lucas, envolve seu filho em panos e o deita nesse tabuleiro para alimentar animais, “manjedoura” para receber os primeiros cuidados e repouso.
Demonstração total e plena que o lugar pouco interessava, mas o amor, o carinho, o calor, o cheiro de uma mãe e tudo que o menino precisava naquele momento.
Por fim um pedido, olhem para o menino!
Tenho recebido, tenho compartilhado.

Elizeu B. de Oliveira – 07/12/2019