Lucas 2:1-7
Um decreto,
não sendo tão específico, mas com foco no raciocínio e entendimento para este
texto, é um tipo de ordem governamental de um lugar, pais, estado ou município emana
da autoridade ou órgão desse lugar.
Isso nos
remete ao fato de que Deus não faz nada por acaso e que todos os seus planos
têm um propósito específico e eterno e mais ainda não burla, não de jeitinhos e
muito menos fere sua integridade e justiça alterando normas e leis para que sua
vontade seja estabelecida, Deus faz dentro de toda a legalidade, justiça e juízo.
Sim o menino
teria que nascer em sua terra!
O menino teria
que representar uma linhagem, uma família, uma casa...
O menino teria
que vir ao mundo dentro da verdade e não sob mecanismos adulterados e impostos
e de forma questionável... Um decreto!
Um alistamento.
Um alistamento.
O fato aqui e
quero pontuar é muito simples...
Posso sugerir
que se caso tal alistamento não tivesse ocorrido, Jose e Maria teriam saído de
onde estavam?
Posso esperar
que muitos venha dizer que Deus é Deus e que ele poderia ter alterado o que bem
entendesse e mudado tudo.
Ou talvez ter
criado algum fenômeno natural, seca, neve, uma forte tempestade e fizessem com
que os pais desse menino saíssem de onde estavam e fossem para Nazaré...
O fato aqui é
claro e objetivo, e o que se percebe tanto aqui como em várias outras
circunstâncias na bíblia é que Deus age dentro das normas legais e
acontecimentos reais, não burla as leis, nem físicas e nem tão pouco administrativas
e governamentais de um lugar.
Deus não
corresponde meias verdade ou como diz o ditado “que escreve certo em linhas
tortas” Deus concerta as linhas e escreve sobre elas.
Lucas é direto
e específico em relacionar os atos ocorridos na época para mostrar a fidelidade
de Deus com a verdade, justiça e mostrar que o natural, o cotidiano de cada
pessoa é regido sim por ele e dentro do contexto de cada um, lugar e cultura.
Assim, toda
essa logística não foi sem finalidade, mas orquestrada pelo grande e
maravilhoso proposito de Deus dentro dos padrões legais e naturais da época e
naquela região.
Um outro fato
que tem uma grande relevância e não se deve ser esquecido é a questão da família,
isto é, um lugar, um nome, uma linhagem, uma referência, um legado.
Pego um gancho
aqui para aconselhar aos homens que este é um momento impar para uma boa
reflexão.
Lucas
novamente é metódico quando se trata de linhagem, casa, família, nome...
Ele associa o
nome de José ao lugar, era da Galileia, da cidade de Nazaré onde a pequena Nazaré
se situava berço de nada mais nada menos que Davi, o grande rei.
Uma linhagem,
um nome, um legado.
Quem é você homem?
Que homem é você
que vem de uma linhagem, uma família um legado?
Quem é você homem
que sabe para quantos lhe doou seu sobrenome sua história, sua marca? Quantas gerações
se faz para que chegasse até aqui e quantas mais essas gerações se pendurará?
Quem é você homem
que respeitará normas e leis e que será integro ao seu brasão e fiel as suas tradições?
Quem é você homem,
que filhos, netos e bisnetos olharão para traz e saberão realmente e de fato
quem são e que eles têm uma identidade, uma marca um propósito?
Quem é você homem
que como ouvinte e praticante dos bons costumes, fiel as leis e temente a Deus
serve de referência as suas futuras gerações e que sem abrir a sua boca é
baluarte e símbolo de ensinamentos e admiração?
Quem é você homem
que honra suas alianças e é fiel a sua palavra, carta viva e promissória assinada
em branco?
Quem é você homem
que rocha será e esteio firme do seu lar para que sua descendência saiba que
seguros estão e que o abandono nunca fará parte das suas vidas?
Que homem é você
que semelhante ao metre a sua esposa conquistou e escolheu honra-la, ama-la e
ser fiel a ela entregando a própria vida?
Deus fez com
que um decreto, para que um alistamento fizesse em especial um casal voltar
para suas origens para que um menino, esse menino nascesse no seu berço, na sua
casa, na sua terra, terra dos seus antepassados, terra da sua história.
E o tempo?
Qual tem sido
nossa marca para que possamos esperar?
O tempo, os
dias, as esperas... hoje esperar por trinta minutos é praticamente impossível.
Mulher, a
espera, tem sido um martírio?
Nada se dá sem
a paciência ou a longanimidade e muitas ruinas surgem pelo fato de que o ontem
ou o amanhã tornaram-se mais importante que o hoje e assim a ruina aparece e
tudo o que se tem construído desaparece.
Mas Maria, a mãe
desse menino esperou...
Ela poderia,
desde que o marido já alistado, voltar para onde moravam, vizinhos e amigos
conhecidos, ajudariam com a chegada do bebe...
Não correria
riscos desnecessários e contratempos naturais.
Porem Lucas
diz que ficaram ali até se cumprir os dias que ela havia de dar à luz.
Devido ao
decreto muitas pessoas no lugar, falta de local para que pudessem se hospedar...
O menino vem ao mundo.
Hoje em dia
atuais, manjedoura é algo bonito, nome simpático e cartão postal de várias
lojas e suas vitrines.
Que tal “Tabuleiro
onde se coloca o alimento para animais? ”
Sabem o que esse
menino tinha? Pais verdadeiros, tinha família, um legado.
Sem um quarto
dessente, limpo, cheiroso e quentinho...
Sem um berço,
cores e chocalhos...
Um pai que se
esforça e por mais improvável aceita o lugar para que pudessem passar a noite e
quem sabe fosse a noite da chegada do seu filho...
Foi firme e
honrado, fez o seu melhor e de forma integra e justa, não subordinou a ninguém,
não mentiu e nem tentou burlar sistemas e pessoas...
Recebeu de bom
grado e tratou de fazer de um “tabuleiro de alimentar animais” um lugar
propicio, “manjedoura” para que seu filho pudesse ficar.
Uma mulher,
uma esposa idônea e que de fato reconhecia seu lugar, era submissa, isto é,
conhecia a missão do esposo e a esta missão estava posicionada...
Sabia,
reconhecia o amor do marido e a escolha feita por José de tê-la como sua amada
e protege-la, guarda-la...
Tinha a
convicção do seu emprenho e esforço por fazer o que de melhor poderia por ela e
pelo menino que estava por nascer.
Uma mãe que
como diz Lucas, envolve seu filho em panos e o deita nesse tabuleiro para
alimentar animais, “manjedoura” para receber os primeiros cuidados e repouso.
Demonstração
total e plena que o lugar pouco interessava, mas o amor, o carinho, o calor, o
cheiro de uma mãe e tudo que o menino precisava naquele momento.
Por fim um
pedido, olhem para o menino!
Tenho
recebido, tenho compartilhado.
Elizeu B. de Oliveira –
07/12/2019