quinta-feira, 18 de abril de 2019

Há um lugar... entre pela família!


Ficar um tempo só é bom...


Mas quando se diz um tempo isso é bem isso mesmo que quer dizer e é bem isso mesmo que significa. Um tempo somente só.
O ser humano não foi criado para viver sozinho, ele é um ser relacional, daí a perpetuação da espécie, não dá para gerar se não estivermos em um relacionamento, eu conjunto em comum acordo em sintonia, em conjunto, em estar junto.
Talvez alguns já desistem por aqui mesmo de continuar a ler, afinal já vão logo pensando que o assunto se trata de um conservador, que junto tem que ser de sexos opostos e aquela conversa que para os liberais e mestres e castelos de areia gostam de proferir e dizer que a raça humana evoluiu e que a felicidade se baseia em todas as formas e cores...
Primeiro não trato de meio e formas escolhidas por cada indivíduo de viver, afinal a liberdade e o livre arbítrio esta arraigado desde a criação e nossas escolhas nos definem e nos direcionam tanto para a clareza como para a mais profunda obscuridade.
Trato sempre de pessoas, seres humanos, sua origem e seus propósitos, e quanta beleza nessa ideia do ser, na criação e continuidade da vida. O ser que é de tal maneira lindo e de sobremaneira amado por quem o criou...
Percebo na grande força e sofrida resistência da humanidade atual juntamente com todo o seu despertar para a liberdade o quanto vive escravizada, acorrentada e enjaulada...
Vive horrores, negritude e a podridão por acúmulos e acúmulos de suas formas relacionais e inconstantes, improdutivas e infelizes de não se ter um porto seguro.
Até quando seremos capazes de suportar tamanha indecisão?
Até quando nossos corpos serão capazes de suportar tantas batalhas e lutas, acúmulos de derrotas por nos mover com tanta veemência na contramão da criação...
Qual será o limite do nosso corpo em suportar as reações opostas que nossas mentes enganadas submetem nossos corpos a tamanho esforços sem recompensas nem descanso?
Quando será o final da inconstância pela luta da sobrevivência de procurar a saída ao lado oposto da mesma?
Quando que entenderemos que a harmonia da vida é como um quebra cabeça que para cada peça uma peça perfeita de encaixe, sem esforços, arrochos ou imperfeiçoes em seu acabamento?
Até quando seremos capazes de ferir, fisicamente e psicologicamente alguém ao estar ao nosso lado e não perceber que a ruína e a destruição é avassaladora dentro de cada agressor ou agressora?
Continuamos sozinhos?
Sobreviveremos sem nosso lugar seguro?
Resistiremos sem ter para onde voltar e receber tudo aquilo que realmente precisamos?
Nossa casa?
Sei bem que parece um clamor desesperado, talvez seja...
Compreendo que uso palavras e formas para expressar a dor...
Eu só não consigo alcançar tamanha complexidade em algo tão simples e natural, algo tão puro sem macula e nem receios...
A beleza, serenidade e perfeição da criação, sem manipulações e desastrosas invenções relacionais humanas...
Não me atrevo a escalar a grande muralha que cada ser constrói todos os dias com sua indiferença, crueldade, soberba, medo e sobre tudo o engano a si próprio...
Para onde tem ido nossos pensamentos?
Ah! Perdão, não temos mais tempo para isso...
Para onde foi nosso amor próprio?
Uma geração que não tem pudor, se vende, se prostitui...
Alguém viu o a honra? Talvez a justiça?
O pensamento transformado em ação parecem com políticos corruptos que vivem como deuses e toda uma nação morre de fome, doente e mau educada...
Ganancia e medo...
Temos para onde voltar?
Um refúgio, uma casa?
Um lar?
Ele sempre estará lá!!!
Quanto nos custa a fama? Angustia sem fim...
Quanto nos custa a fortuna? A depressão oriunda da ansiedade pelo medo de pede-la...
Quanto nos custa a aparência? A tristeza profunda e a solidão causada pela desobediência aos reais motivos da nossa existência.
Precisamos voltar...
Ele sempre estará lá...
Rever quem somos, entender para que somos e viver com propriedade no lugar seguro.

Elizeu B. de Oliveira – 18/04/2019

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