terça-feira, 5 de maio de 2015

PENSANDO...



 Olho para o painel do carro, e observo que o combustível jaz fora do tanque...

Uma chuva fina cai, me vem uma preocupação do tipo será que vai dar para chegar em casa? Será que não terei eu que ligar para alguém vir me socorrer? Será...

Uma luz lá no final do túnel!

Aparece, vislumbro a saída para meu tão triste e terrível retorno... Um compartimento no carro, um lugar que pode e sempre me faz grandes surpresas...

Abro o compartimento, a luz no painel já acesa e ela nem se que da uma piscadela... Vejo a grana.

Olho adiante, o carro em movimento um posto, gasolina a R$ 3,13 (três reais e treze centavos) o valor do litro do combustivel... Tudo o que eu queria... Gasolina barata!

Estaciono, abro o vidro, desligo o carro e o amigo frentista me faz aquela linda e agradável pergunta meio que afirmativa: - vamos completar?

Sorri, tirei a chave da ignição e pedi um momento...

Abro o compartimento e lá estava duas notas de R$ 2,00 (dois reais).

Para que o clima não ficasse assim meio que sem graça, disse ao amigo frentista que sim, poderia completar com os dois reais que eu tinha.

Ele prontamente devolveu o sorriso e caminhou em direção à bomba de combustível, neste momento me ocorreu dar uma nova olhada no compartimento, sabe-se lá, quem sabe?

Para minha surpresa, lá estava, uma moeda de R$ 1,00 (um real). Fique feliz de mais, pois não mais colocaria quatro reais, que isso! Quatro reais!

Chamei novamente o frentista e disse: coloque R$ 5,00 (cinco) reais...

Abafei!

Claro a chuva não dava trégua, não era pesada, uma fina chuva e constante...

Carro com vidros meio abertos, embaçado o para brisa e com agora cinco reais de combustível. Ar condicionado? Querem ouvir a resposta? A tá!

Liguei meu carro, seta para esquerda e um mergulho em meus pensamentos...

O os meus cinco reais, agora 1,58 litros de gasolina não teve o poder de apagar aquela terrível Luisinha no painel que durante o período da minha pequena grande viagem de volta para minha casa me fazia voltar à realidade e me tirava dos meus pensamento que agora me faziam inerte e incapaz por muitas coisas.

Olho o retrovisor acelero e... (continuo depois!)

 

Elizeu B. Oliveira

05/05/2015