sábado, 27 de novembro de 2021

Processos e Supervisores... Uma homenagem!

 


As 06h00minh da manha estou de pé, banho tomado e em poucas às vezes café tomado, não da para incomodar tento quem amamos certo!

Transporte alternativo? Não, sou dono do meu próprio veículo que também está arrolado com base no combinado e que recebe por cada volta que as rodas dão...

Há dias que olhar para o poder de 125 cilindros de torque desanima. Lembrar que o cabelo está molhado e que o capacete é peça fundamental, a vontade é voltar para a cama. Perceber que é uma sexta – feira, ai ferrou geral...

Mas tudo isso sai de sena quando você sem dizer nada, somente com um olhar se despede dela, sua família que tanto depende de você, do seu desempenho do seu vigor, da sua responsabilidade, da sua capacidade e entrega...

Vamos trabalhar!

O tempo ruge, e não perdoa...

Já são 08h00 da manhã... Porque não mais um cafezinho? Completar aquela dose de animo que faltava. Aquele cafezinho para te dizer que a ideia é esta mesmo, não tem retorno e nem volta, agora e botar para quebrar...

Dias de sistema THE FLASCH, outros que nos lembra da velha internet dos anos 2000... E frente ao computado!

As verificações são muitas e pré-definidas, o inicio de um dia de trabalho é sempre o mesmo, afinal o que dizer de uma rotina, principalmente dentro de um escritório...

Todos os dias são iguais? Sim em partes e em seu inicio. Esse igual funciona como base para poder gerir o diferente, corrido, dinâmico e explosivo dia de uma supervisão...

A rua me espera os vários desejos diferentes, as mais variadas questões, as multifaces de cada unidade, a vida se transforma e a sensação que se origina de tudo isso é que de fato somos um exercito de um único soldado...

Atender um é fácil, complicado é que este um tem muitas caixinhas, e estas muitas caixinhas, tem muitos que residem dentro delas, e estes muitos dentro delas, tem uma cabeça, e cada cabeça tem uma maneira de ver e viver a vida.

O que é bom para um, pode ser péssimo para outro, o que é lindo para outro pode ser horrendo para quem está bem ali do lado com apenas uma parede de limite...

Mas voltando para a parte quadrada da coisa onde a rotina se faz necessária...

Computador ligado, claro depois de alguns bons minutos de espera. Ativando ou abrindo os sistemas, ferramentas que auxiliam o trabalho, estas que orienta, auxiliam, da o norte e facilita as ações e melhora os atendimentos, capacitando uma programação eficaz e dinâmica com foco na qualidade do serviço prestado para promover o bem esta dos clientes.

Na frente da tela, aciono todas as ferramentas necessárias, como já ditas para o bom funcionamento e diretriz do dia e organização do mesmo.

Sistemas de comunicação, externa e interna: ok!

Sistema de análise dos clientes: ok!

Sistema de analise e coleta de dados dos clientes, ferramenta de campo: ok!

Sistema de verificação de rota a percorrer: ok!

Criação de cronograma do dia, com base no sistema de coleta de dados, lembra? Ok também!

E-mail e recados: ok!

Tudo pronto?

Não é bem assim não...

As prioridades sempre serão prioridades e antes da aventura, do vento ao rosto, do percurso pela orla marítima, das peripécias do transito louco...

Antes da decida da escada, vale falar com a gerência e realizar alguns alinhamentos. É sempre importante e traz segurança nas decisões a serem tomadas, afinal, autonomia se tem por aqui, e a responsabilidade também.

Pode estar passando despercebido é o fato de saber de mais, assim, comete o erro de não ver tudo ao não seguir um procedimento criado.

Então surge a pergunta: Resolve problemas ou evite-os? Espera acontecer ou verifica as probabilidades?

A controvérsia...

Não é absoluto, porem 80% dos casos de todas as realizações dependem de valores, e valores depende de autorizações, e autorizações depende de convencimentos, e convencimentos dependem de demostrar as necessidades.

Mas o trabalho não pode parar... As visitas, as checagens, a análise, o detetive que existe dentro deste profissional tem que ser forte e destemido e sem pestanejar olhar seu cliente e dizer a si mesmo que uma obra de arte será feita ali...

Não cabe a ele avaliar o que deve ou não ser feito, cabe a ele apontar...

Não cabe a ele dizer por onde começar cabe a ele registar...

Não cabe a ele, classificar em ordem de qualquer natureza, cabe a ele ter entrado e viajado no interior deste sistema que abriga a muitos e sair dali com todas as informações necessárias para que a sua função ali, tenha sido realizada e que proporcionará as melhorias, funcionalidades e o bem estar de que ali reside.

Por que a tão necessidade de um inicio de atividade bem realizada?

Um inicio de dia na forma correta!

Deparando com o grande arranha-céu, não terá nenhuma dificuldade, tudo o que tens que fazer ali, não está na cabeça, mas sim no sistema, funcional, de fácil acesso e execução e a melhor parte com todas as ações definidas para se realizar ali...

Como um calboi, rápido no gatilho, assim é o celular na mão do supervisor, e como a bala de prata, ou a munição que queira usar, assim é o sistema que contem o passo a passo do que fazer ali.

Itens, departamentos, andares, áreas... Um check list de todas as particularidades físicas para serem pontuadas... Conformidades ou não. Simples assim!

Este calbói, mas não fora da lei, prepara as suas armas pela manhã...

Prepara as munições, prepara seu caminho, prepara suas ações, classifica-as e compartilha-as e monta em seu cavalo mecânico de duas rodas e parte em direção a mais um épico duelo...

Como num duelo, ao chegar à frente do condomínio, desce do seu robusto alazão mecânico, parado ali, em frente...

Saber o que fazer e estar bem armado, (um bom aparelho de celular)...

Todas as munições carregadas (seu check list)...

Usando seu potencial analítico, e olhando profundamente nos olhos do eu oponente, saca o celular e sem misericórdia pontua... Pontua com a clareza de quem vive ali, de quem está ali todos os dias, de quem sabe que, não somente os olhos, mas todo o corpo terá o prazer de dizer que aquele é mais um duelo de um único vencedor... O condomínio.

A calçada, e suas particularidades (rampas e tampas)...

Muros de limites e suas barreiras elétricas...

Portas portões e portinhas em conjunto com suas trancas...

Sinais sonoros e melodias nas horas difíceis...

Luzes e a beleza da claridade, gerando a condição de saber onde estão seus pés...

Jardins floridos e belos encantam o dia a dia de quem ali vive...

Piscinas, quadras, salões de festas e churrasqueiras, que é que pode viver sem lazer? Qual ser não vê a hora das sextas chegarem para que o sábado seja a festa tão planejada durante toda a semana...

Um ambiente clássico, confortável e receptível, sim os Hall que é o cartão postal de cada Edifício...

O direito de ir e vir, a qualidade e a segurança que proporciona bem estar. Elevadores que levam e traz sem reclamar...

As escadas, malvadas e cruéis, mas sem elas o que seria de cada prédio construído...

A segurança, primordial e absoluta, que caia raios, que incêndios possam acontecer que a energia possa nos abandonar, estará ali, cada componente para nos guardar e nos proteger...

A cobertura tão exuberante, tão senhora de si, a mais alta de todos, protege toda a estrutura, e ali também recebe seus cuidados...

E para finalizar, a agua que é vida e a produz, com seus reservatórios e suas maquinas de conduzir, todas em perfeita harmonia e transparência.

No fim das contas, por mais que eu tenha criado uma analogia ao velho oeste, e que supervisor mocinho e condomínio vilão, a realidade é bem outra, eles passam ser um só... Dependendo um do outro e fazendo desse relacionamento a unidade capaz de mantê-los funcionando.

No final das contas, ambos sabem que estarão lá, o dia a dia e intenso e maravilhoso...

A cada ida e vinda, a cada contato, através de todas as pessoas e suas particularidades, a cada gesto e movimento, a cada resposta pronta ou não, a cada temperamento de que os recebe por lá...

A cada prestador, gerador de realizações de mudanças, melhorias e muitas vezes raiva...

Nada se compara ao dia a dia destes...

Para saber de fato, para se entender a fundo, é o dia a dia no campo, montado em sua moto, falando com 30 pessoas ao mesmo tempo, sendo gentil e sorridente com todos, entendendo sem entender, querendo o melhor mesmo sem o poder de decidir.

Não almeja reconhecimento, mas luta como um leão todos os dias...

Não se alimenta de elogios, porem festeja o fato de não ser lembrado.

Se sou um conhecedor profundo da mecânica? Não mesmo!

Se é incrível? Sem sombra de duvidas!

Porém o que mais me intriga são as pessoas!

Muitas sabem de mais, não precisam das nossas colocações...

Outras sabem de menos, mas se enganam dizendo a sim mesmas que sabem...

Outras ainda brigam, ofendem e depois reconhecem e pedem perdão...

E existem aquelas que são maravilhosas enquanto de frente, mas ao virar as costas, considere-se detonado.

Minha admiração a todos os profissionais que estão todos os dias fazendo o possível, ou pelo menos, tentando, no desejo de promover o bem estar destes que optaram por viver em grandes caixas verticais.

Elizeu B. de Oliveira – 27/11/2021

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Solidão, abandono, medo...

           Noite passada tive um sonho, e não desses tipos de sonhos que nos lembramos de forma fragmentada, ou do tipo que podemos dizer que seria irrelevante ou os famosos barriga cheia...

Não sei você, mas sabe aqueles sonhos que nos impactam tanto, que mexem tanto com a gente, que nos incomodam a ponto de querer voltar a dormir... Ou que bom que acordei?

Às vezes são lutas, batalhas terríveis e sangrentas, às vezes são viagem e lugares que você nunca imaginou poder ir... E estava lá, mesmo que em sonho...

Mas em fim, sonhos mais diversos, porem sonhos que nos chocam, nos marcam e nos impactam profundamente.

Estava na minha casa, não me lembro se minha esposa e meus filhos estavam, em um primeiro momento não os vi, dai talvez a liberdade de ter saído para resolver algumas coisas na rua...

E resolvi mesmo, me lembro de que muitas coisas eu fiz, fui ao supermercado, falei com uns amigos, passei em outros lugares e acredite, até numa fabrica de cachecóis fiz uma visita, coisa de sonho mesmo...

Até ai tudo bem, tudo normal, e um dia absolutamente normal até retornar para casa.

Dai o que eu nunca imaginei passar e sentir confesso, até agora estou sob o efeito deste sentimento e digo mais, não desejo a ninguém, é desolador e cruel. É tudo isso e mais um pouco. Sei que existem palavras, mas nem da para expressa-las no momento.

Ao chegar à garagem ou um choro, e junto com o choro, um clamor e desespero...

O choro de agonia, choro de desespero, choro de medo, choro de solidão.

Quando eu ouvi o choro e junto com o choro eu pude ouvir a palavra PAI. Meu Deus, o mundo desabou sobre a minha cabeça, o remorso, o fracasso, a incapacidade, o desprezo, a futilidade, a falta de compaixão, a falta de amor e carinho... A loucura.

Ao ouvir o chamado, ao ouvir um chamado por mim, ao perceber que aquele choro repleto de dor vinha da garganta do meu filho, aquele choro e pedido de socorro através da palavra PAI...

Ao associar toda aquela amargura, solidão e profundo desespero no choro e no grito por misericórdia expressada na palavra PAI...

Tudo que estava em minhas mãos, tudo que eu vinha pensando até aquele momento, tudo desapareceu...

Meu mundo desabou, o desespero na minha alma tornou-se gigante e uma amargura negra e um gosto amargo na minha boca, foram os únicos sentidos e percepções que pude ter...

Senti-me numa sala escura, sem saída, sem frestas ser ar... Fria.

Me senti caindo em um abismo negro e profundo e sem perspectivas de poder me salvar...

Eu me senti um nada.

Ao olhar para o rostinho dele, ao ver aqueles olhos inchados de tanto chorar, ao ver um oceano de lagrimas saindo dos seus olhinhos, ao ouvir vezes por vezes ele dizer, PAPAI, PAI, PAPAI...

Eu me lancei a ele e de joelhos o abracei fortemente...

Eu me sentia um inútil, um imprestável, um mostro, um miserável...

Comecei a chorar...

Eu não conseguia falar mais nada a não ser pedir perdão ao meu pequeno filho...

Eu chorei desesperadamente, chorei de medo, chorei de vergonha, chorei de tristeza... Eu não conseguia mais parar de chorar.

Abraçado com meu filho eu não consegui pensar em mais nada, somente na minha pequinesa, na minha incapacidade, no meu erro... Eu chorava muito.

Como eu poderia ter esquecido o meu próprio filho? Como um PAI poderia ter deixado seu próprio filho só? Como poderia ter o sido capaz de fazer um ser tão pequeno e indefeso parar por tamanho horror? Como eu pude deixar isso acontecer?

Quando vinha na minha mente o que ele teria vivido desde o momento que se sentiu só e abandonado, esquecido por mim, pelo próprio Pai...

Eu tentava me colocar no seu lugar e tentar sentir o que ele sentiu nesses momentos de desespero, nesses momentos de medo, nesses momentos de não me encontrar, nesses mentos sem minha resposta ao seu chamado...

Eu continuava a chorar e o abraçava, o beijava e pedia perdão...

Olhar para um lado e para o outro e ninguém...

Chamar e não ser respondido...

Procurar uma companhia, um amigo, o PAI...

O que deve ter passado na cabecinha dele? Estou destruído até agora.

Recordo-me que eu fiquei de uma maneira tão abalada e em determinado tempo, meu filho, meu pequeno herói começou a me consolar, me pedir para parar de chorar e me disse que agora estava tudo bem... Agora vai ficar tudo bem.

Eu acordei, e confesso que a manhã não foi legal, meu inicio de dia não foi bom... A lembrança me torturava.

Lembrava do sonho e aquele gosto amargo na boca se evidenciava, as lagrimas enchiam meus olhos e um medo de que algo como isso pudesse vir a acontecer...

O dia se findou, ainda carregando a dor e um sentimento de tristeza...

Não quero mais ter sonhos assim e que fique aqui mesmo, somente aqui, nos sonhos.

Infelizmente, essa é uma realidade de muitos, e o que esmaga o coração é saber que nunca é culpa deles e sim nossa...

A responsabilidade, o comprometimento, o carinho, o cuidado, o zelo pelos sentimentos, à atenção e principalmente o amor de muitos é uma ficção...

Vejo hoje muitos Pais vivendo isso por escolha, abandonam seus lares, suas casas, suas esposas, seus filhos...

Não os deixam sozinhos ou esquecidos por algumas horas do dia, ou quando fazem compras por talvez um mero esquecimento ou descuido, que para mim isso e trágico e desumano.

Vão embora e os deixam sós, sem uma palavra de apoio, carinho, incentivo e encorajamento...

Se vão sabendo que seus filhos ficarão com medo, desesperados e até loucos, se vão.

Às vezes aparecem uma duas ou três vezes na semana... Os mais desafortunados são socorridos aos finais de semana somente... Não sabendo que seus filhos, cheios de medo anseiam por nunca ficarem sozinhos e esquecidos.

Parecer ser rude, talvez cruel, mas seria bom se todos os PAIS tivessem um sonho como o meu, quem sabe assim, eu torso que sim, venha a reconhecer e de forma humilde e integra, retomassem suas responsabilidades, repensasse as vontades e se colocassem no quarto escuro junto com seus filhos e os visem em suas mais profundas dores, a da solidão, do abandono e do medo por serem deixados solitários esquecidos e com medo... Ali.

Com muito temor escrevo isso a você!

Elizeu Batista de oliveira – 23/11/2021

domingo, 21 de novembro de 2021

Manancial ou violência... Qual seu tipo?

           Como seria ter uma conversa com Salomão? Quais tipos de colocações poderíamos fazer? Quais seriam suas comparações? Quais jargões ou palavreados?

Não sei quanto a você que me acompanha e lê meus escritos, mas a todos os meus dias vividos, e no meio daqueles que pelo menos uma única vez tenha lido a bíblia e nesta única vez ter esbarrado com o livro de Provérbios, não tenha deparado, comparado e se conflitado com a forma clara e direta que Salomão nos confronta com a forma que, reforço aqui, no meio ou para os que têm o habito da leitura da bíblia, usar termos no dia a dia, nas formas tão baixas, improdutivas, pejorativas e amaldiçoadoras...

Como pode de uma fonte de agua doce jorrar agua salgada? E da agua salgada jorrar agua doce?

Da para assoviar e chupar cana? Ou enxugar uma pedra de gelo? Talvez você consiga ou conhece alguém que consiga subir para baixo, ou quem sabe ainda voltar de onde não foi...

Perdoe-me as colocações, e se tratando do homem mais sábio que já existiu usar termos ou comparativos como estes parecem de certa forma descredencia-lo e desmerecer a sábia escolha que Salomão fez.

Porem o que quero fazer aqui é de fato expor e deixar bem evidenciado que a forma que muitos de nos temos usado nossa língua, nosso linguajar partindo do principio que somos conhecedores da palavra e servos, discípulos e filhos de Deus, é inadmissível que se ouve e que ainda saia de nossas bocas, palavra às quais ouvimos todos os dias saindo da boca de vários cristãos.

Mentiras, mentirinhas e mentironas, isso é natural... Natural? Um assunto para outro dia.

Mas as palavras e colocações diárias que ouvimos, essas fazem doer os ouvidos, massacram a alma e abrem covas para enterrarmos muitos que por nós deveriam ser resgatados e esclarecidos.

Ouvimos frases ditas por conhecedores da palavra, e colocações a respeito de pessoas que assustam...

Aquele fulano parece mais uma Bi***na, ou Parece um v**do, ou aquelas do tipo, um filho da p*t*, ou vai se Fu**r, ou naqueles momentos de escapuliu, po**a... Uma grandeza em pejorativos, frases que colocam em cheque o fato de serem conhecedores ou que já tenha pelo menos uma única vez lida e ouvido os mandamentos.

Talvez você esteja neste momento pensando que estou exagerando ou talvez inventando...

Pense um pouco, veja seu redor... Um amigo cristão no bate papo descontraído, no futebol, no churrasco, no trabalho...

No livro de Provérbios escrito por nosso ilustre Salomão, no capitulo 10 versículo 11 diz que a boca do justo (aquele que conhece) é manancial de vida (sabe o que quer dizer manancial e vida né!), mas a violência (essa também da para dizer o significado certo?) cobre a boca dos ímpios.

Quer que eu seja mais claro? Posso ser!

Que crente meia boca, que cristão mascarado, que discípulo fajuto que eu sou?

Que boca maldita é essa minha que não profiro vida?

Que quantidade de maldição e morte tenho espalhado ao abrir minha boca?

Não da mais!

É um amontoado de gente que diz ser e não é coisíssima nenhuma...

Não para nem um segundo para melhorar, qualificar as colocações e palavras que vão proferir, mesmo que para alguém que ao seu modo de ver não mereça tal trabalho...

Avaliamos com nossa capacidade fenomenal de conhecimento e logo abrimos nossa boca e classificamos a todos os que não nos agrada ou que não fazem parte do nosso meio ou quem sabe vivem de maneira que não concordamos.

Entramos assim no ponto crucial do que a palavra nos ensina...

Se existem pecadores? Sim eu sou!
Se existem homens maus? Existem!

Se existem aqueles enganadores, mentirosos e maliciosos? Sim existem!
Se há os que usam de seus corpos e mentes e profanam a verdade e que tentam desqualificar aquilo o qual Deus criou? Milhares.

Porém, cabe a nós, usar palavras de vida e não de morte, usar a verdade com base na palavra e na maneira de gerar arrependimento e que, não sejamos soberbos, presunçosos ou geradores de ódio e divisão.

Não devemos e nem iremos aceitar o pecado, não seremos coniventes e fazer vista grossa ou tentar classifica-lo como brando talvez...

Mas quando formos tratar do pecador, primeiro lembramos que somos responsáveis em Cristo de levar vida, elevar vida começa primeiro pelo nosso agir.

Agir em conhecimento, em atitudes e em palavras.

Então, antes de criar adjetivos, antes de proferir um palavrão, antes de dizer uma palavra pejorativa, antes de fazer colocações levianas, lembre-se que o julgamento cabe a uma única pessoa, cabe a Deus, e o que nos cabe como filhos é examinarmos a nós mesmos antes de qualquer exclamação realizada...

Façamos valer o que temos lido e aprendido na palavra, o olhar de misericórdia e o amor ao próximo não é opcional, é retribuição por aquilo que um dia nos foi concedido.

Abramos nossas bocas para que nossas palavras sejam mananciais de vida, caso contrário mantenha-a FECHADA.

Elizeu B. Oliveira – 21/11/2021

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

E quando a vida parece despedir!!!

            Por que são tão rápidos?

Por que são tão incompreensíveis?

E por que nos culpamos tantos?

Por que são tão dolorosos?

E por que parecem eternos?

Podem ser belos dias... Belas manhãs, tardes ou noites.

Podem ser sim em dias belos... Às vezes  esperamos tudo de ruim em dias chuvosos, noites frias e solitárias manhãs...

Na velocidade de um pensamento, no calculo mal feito ou no fato de querer chegar mais rápido ou na frente...

A cobrança por tentar entende porque não fiz ou quem sabe, porque não deixei de fazer...

Eu deveria ter esperado, ou quem sabe saido um pouco antes...

Ter virado na primeira curva, ou entrado na segunda esquina...

Talvez tivesse mais sorte se tivesse saído um pouco mais tarde.

Fiz tudo errado!

Deveria ter me preparado melhor, um pouco mais de tempo seria tudo.

Acelerei de mais, acredito ter passado dos limites...

Eu freei antes da hora, não esperei o tempo certo...

Não fui atencioso, não analisei os fatos, não percebi o avido e nem tão pouco o sinal.

Será que vou morrer?

Eu não quero morrer agora, mas estou com muita dor...

Estou com dores fortes e parecem intermináveis...

Acredito não conseguir aguentar, preciso de ajuda, de socorro, de auxilio...

Procuro desesperadamente o oxigênio que insiste em querer me abandonar...

Procuro um melhor lugar, uma posição confortável, algo que me alivie me deixa relaxar...

Ela, implacável e ferozmente agressiva, a dor que se torna uma amiga.

Escuto muitas vozes, vejo muitos rostos, faça grande amigos...

Ajuda de todos os lados, olhos curiosos procuram respostas ou causas...

Mas os ossos quebrados não me deixam esquecer tudo o que eu ainda não sei como será.

Um silencio? Não, barulho, ruído, palavras e multidão, carros, calor e meu corpo estaquinado naquele asfalto quente e sujo...

A sirene... Doce sirene, como o socorro de uma mãe ao filho, aquela que acalma, cuida e nos enche de esperança.

Vou viver, sim continuo respirando mesmo que de maneira muito difícil e dolorida...

Continuo perseverante e feliz meu socorro chegou, devo e quero suportar, eu vou continuar.

Serei para sempre e confesso que esse é meu sentimento...

Mais uma vez escapei, no ato, no deslocamento e na família de muitos irmãos vestidos de branco...

Por um breve momento tenho esta certeza, não fui... Acredito que nem irei.

Perguntas respondidas... Espero que sim.

 

Elizeu B. de oliveira, 20 de novembro de 2021.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

UMA SIRENE!!!!!!!!!

Como eu via.

Uma sirene!

Barulho talvez...

Ninguém merece...

Ruído chato e inoportuno.

Uma sirene!

Incomodo a vista...

Espaço forçado...

Atrapalhando tudo...

Uma sirene!

De novo...

Todo dia...

Só em momentos inconvenientes...

Uma sirene!

Ninguém merece.

Numa fração de segundos, um semáforo um descuido, uma viajada nos pensamentos, uma preocupação latente...

Descuido? Vacilo? Ou negligencia?

A verdade que dai tudo muda...

E como passamos a ver.

Uma sirene!

Ufa, que bom...

Até que em fim...

Graças ao bom Deus...

Uma sirene!

Melodia...

Musica de esperança...

Alento para os ansiosos por socorro.

Uma sirene!

Resposta divina...

Amigos desconhecidos...

Esperança que se mantem.

Uma sirene!

Vai dar tudo certo...

Sim vamos conseguir...

Confio em vocês.

Uma sirene!

A vida luta...

A vida agradece...

A vida suspira.

Uma sirene!

A família confia...

A despedida adiada...

A historia não termina.

De que maneira podemos olhar a vida?

Por quais meios vislumbramos as horas e minutos que se passam?

Por qual ângulo me sentirei melhor?

Dentro ou fora dela?

Isso muda tudo.

Essa é uma historia real e de todos os dias e em todos os lugares...

Uma história de personagens de todas as idades, cor, raça ou credo...

Que são tocados e transformados todos os dias...

Essa é uma história para nos fazer pensar e nos colocar dento dela...

A história que nos remetem a pensar com clareza e ver as coisas de como elas são de verdade e o quanto necessárias e transformadora podem ser.

Hoje você pode estar do lado de fora...

Amanhã quem sabe do lado de dentro...

E ai como será?

Pense nisso e sempre que o quadro e a circunstancia surgir tente se colocar nos dois lugares e saberás o quanto é especial, essencial e único.

Obrigado a cada um de vocês socorristas e com seus veículos geradores de esperança.

 

Elizeu Oliveira – 12/11/2021