Por que são tão rápidos?
Por que são tão incompreensíveis?
E por que nos culpamos tantos?
Por que são tão dolorosos?
E por que parecem eternos?
Podem ser belos dias... Belas manhãs,
tardes ou noites.
Podem ser sim em dias belos... Às
vezes esperamos tudo de ruim em dias
chuvosos, noites frias e solitárias manhãs...
Na velocidade de um pensamento, no
calculo mal feito ou no fato de querer chegar mais rápido ou na frente...
A cobrança por tentar entende porque
não fiz ou quem sabe, porque não deixei de fazer...
Eu deveria ter esperado, ou quem sabe
saido um pouco antes...
Ter virado na primeira curva, ou
entrado na segunda esquina...
Talvez tivesse mais sorte se tivesse saído
um pouco mais tarde.
Fiz tudo errado!
Deveria ter me preparado melhor, um pouco
mais de tempo seria tudo.
Acelerei de mais, acredito ter
passado dos limites...
Eu freei antes da hora, não esperei o
tempo certo...
Não fui atencioso, não analisei os
fatos, não percebi o avido e nem tão pouco o sinal.
Será que vou morrer?
Eu não quero morrer agora, mas estou
com muita dor...
Estou com dores fortes e parecem intermináveis...
Acredito não conseguir aguentar,
preciso de ajuda, de socorro, de auxilio...
Procuro desesperadamente o oxigênio que
insiste em querer me abandonar...
Procuro um melhor lugar, uma posição confortável,
algo que me alivie me deixa relaxar...
Ela, implacável e ferozmente agressiva,
a dor que se torna uma amiga.
Escuto muitas vozes, vejo muitos
rostos, faça grande amigos...
Ajuda de todos os lados, olhos
curiosos procuram respostas ou causas...
Mas os ossos quebrados não me deixam esquecer
tudo o que eu ainda não sei como será.
Um silencio? Não, barulho, ruído,
palavras e multidão, carros, calor e meu corpo estaquinado naquele asfalto
quente e sujo...
A sirene... Doce sirene, como o
socorro de uma mãe ao filho, aquela que acalma, cuida e nos enche de esperança.
Vou viver, sim continuo respirando
mesmo que de maneira muito difícil e dolorida...
Continuo perseverante e feliz meu
socorro chegou, devo e quero suportar, eu vou continuar.
Serei para sempre e confesso que esse
é meu sentimento...
Mais uma vez escapei, no ato, no
deslocamento e na família de muitos irmãos vestidos de branco...
Por um breve momento tenho esta
certeza, não fui... Acredito que nem irei.
Perguntas respondidas... Espero que
sim.
Elizeu B. de oliveira, 20
de novembro de 2021.
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