domingo, 7 de junho de 2015

DUAS SITUAÇÕES...


Bem, ao me sentar em frente ao meu computador me vieram duas coisas a mente: A primeira uma matéria que vi assim meio mais ou menos, vi no fantástico, sobre umas falcatruas nas assembleias estaduais desse país que se chama... Tá!

E a outra foi o convite a da minha princesa para deitar com ela até ela dormir. Acabara de chegar de viagem da casa dos avós, meus pais e a saudade esta estampada no rostinho dela.
E claro todos sabem o que aconteceu...

Que assunto tecer?

De que falar?

 Em que pensar?

No que apoiar-me?

Sim, existe um livro no qual esta contida a palavra da verdade e espirada pela própria verdade que diz: É melhor trazer a memoria o que nos trás esperança.

E é isso que fiz.

Sei que não sou puro, sei que erro e que sou falho, sei também que todos os dias eu tento e tento e vivo tentando acertar, mudar e refazer. E digo isso não vem de mim não, o que me convence esta longe de ser minha consciência.

Mas uma coisa que me move e me faz feliz é poder deitar junto aos meus filhos, poder fechar os meus olhos e saber que eles se sentem seguros com aminha presença...

O que me move além do criador e sua benevolência é o fato de saber que tenho pessoas, seres que de uma maneira tão tremenda me foram presenteados e que isso me constrange a ser melhor todos os dias...

Algo que me faz querer todos os dias fazer diferente de tudo o que se vê ai fora. Mentiras, roubos, corrupções, adultérios, mortes, preguiça, desanimo, mau caráter, infidelidade, maledicência, inveja, soberba, guerra, destruição, rancor.

Imagino os meus olhando para mim e o respeito que outrara poderia ter pelos meus atos e atitudes, se resumem em um titulo de pai, mãe, talvez avôs e avós...

Penso na quantidade de bagagem suja, fétida e destrutível que um homem pode suportar tendo que ser pai e educar...
Como falar de algo que não conhece?
Como direcionar para uma direção que não é a sua propria?
Como dizer a alguem para trilhar um caminho que mau consegue pisar?
 
Educar quem? Ensinar o que? Ser franco e transparente a quem?

Qual o  ser pode olhar um herdeiro e saber a herança que deixara para os mesmo?

Rastos de falsidade?

Mentira?

Mesquinhagem?...

Que herança desgraçada um homem deixara para seu filho ao deixar a própria vida ser corrompida e manipulada pelo ter...

Que herança deixarei para meus filhos?

Não obrigo que ninguém pense como eu penso, afinal somos diferentes. Mas existem diretrizes, as do tipo auto preservação, não individual, mas coletiva...

Hoje o que se vê é tão somente seres olhando para seus próprios umbigos e se esquecendo de que sozinho nada será nessa imensidão de planeta.

Então, me levanto após perceber que minha adorável filha já esta a dormir, confesso que gostaria de continuar ali, pois, a segurança que ela pensava ter por eu estar ali era na verdade a minha segurança de estar com ela ali...

Levanto-me leve e feliz, pois sei que é minha filha, um presente que recebi e que farei de tudo para acertar, concertar, colar remendar, e me deixar se convencido todos os dias da justiça e do juízo...

Olho para ela, ali deitada dormindo sono puríssimo e não me imagino em outro lugar, e desculpem-me alguns, não suporto imaginar outro neste lugar em meu lugar.

Entre o bom e o ruim?

Entre o suave o áspero?

Entre o afável é o incomodo?

Entre meu presente e o que me revolta?

Entre a verdade e as coisas que hoje vivemos?

Eu escolho olhar para dentro, eu escolho olhar para a verdade, eu escolho ver que mesmo em meio a tanta corrupção e impunidade temos lindos lenções brancos a receber uma suave brisa e flamular ao som da suavidade.

Elizeu B. de Oliveira

07/06/2015

sábado, 6 de junho de 2015

Acredito que todos têm dificuldades...

     E vou ir além, não existem maiores ou menores, menos ou mais duradouras. O que faz toda a diferença é com quem você estará no memento da tal dificuldade, no período em que você estará no vale como muitos dizem, ou na sofrencia, palavra do momento.

     Estranho não é mesmo?

     Mas posso te provar o que digo, mas não o farei aqui, aliais, aqui não é o melhor lugar e nem estou tão apto a tal devaneio...

     Mas voltando ao estar ou não bem acompanhado, este é simplesmente o ponto crucial da questão. Existem companhias que nos fazem, mesmo na ora de muita dor, ou até de uma morte indolor que seja, são capazes de fazer com que passamos por tais situações e estas não nos afligem mais do que o que realmente podem nos afligir.

     Fico pensando no cinema mudo, filmes que foram grandes sucesso e ainda são, e nada se falava. Como intender um negocio desse? É simplesmente incrível. Como o muda é tão auditivo?

     Então mergulho em um mar de silêncio, mas de muitas gestos...

Um sorriso...

Um abraço...

Um aperto de mão...

Um aceno...

Um piscar de olhos...

Um manear com a cabeça...

Um olhar.

     Não se procura respostas, nem se garimpa motivos ou razões. Apenas com o silencio chega-se, envolve-se e vive o que não é seu mais se sente responsável pelo desejo da atenuar, amenizar e não tirar a dor de quem a sofre.

Estamos prontos a opinar...

Velozes em criticar...

Supersônicos em sugestionar...

Infalíveis em pentelhar...

A critica vem na velocidade da luz.

     O que vai no coração do outro?
     Como vive?
     Com quem anda?
     Onde mora?
    O que quer ou não? Muitas vezes nem a própria pessoa tem por definido...

     Então, deixe o dia passar e não faça sons, apenas escute o inaudível...

     Não faça ruídos, tente deixar pura a frequência que mora no ar...

     Se desconecte para conectar-se ao puro, ao legitimo ao natural, ao essencial.

     Fechar os olhos e se sentirá seguro em saber mesmo que não existindo som algum, ali esta alguém.
     Saber que bem perto existe alguém que nada quer, nem mesmo nada tem, mas está.
     Só está!

     Se existem paredes, não há problemas, se são estados ou continentes, também não há problemas. Só deixe que saiba que mesmo em silêncio alguém está...
     Esta próximo, bem próximo.

Para esquecer vá para o ruido, som, barulho mais alto...

Para não pensar agite-se bastante...

Para fingir esteja entre muitos...

Para se enganar seja o que não eis...

Para ser infeliz, faça destas coisas uma receita e coma. Um belo bolo de recheio doce e massa estragada.

O que queremos? companhia...

O que precisamos? Pouca coisa...

O que encontraremos? Tranquilidade, suavidade...

O que seremos? Seres humanos, conhecedores de nós mesmos...

Onde estaremos? Entre seres que nada querem em troca.

 

Elizeu B. de Oliveira

06/06/2015