sábado, 6 de junho de 2015

Acredito que todos têm dificuldades...

     E vou ir além, não existem maiores ou menores, menos ou mais duradouras. O que faz toda a diferença é com quem você estará no memento da tal dificuldade, no período em que você estará no vale como muitos dizem, ou na sofrencia, palavra do momento.

     Estranho não é mesmo?

     Mas posso te provar o que digo, mas não o farei aqui, aliais, aqui não é o melhor lugar e nem estou tão apto a tal devaneio...

     Mas voltando ao estar ou não bem acompanhado, este é simplesmente o ponto crucial da questão. Existem companhias que nos fazem, mesmo na ora de muita dor, ou até de uma morte indolor que seja, são capazes de fazer com que passamos por tais situações e estas não nos afligem mais do que o que realmente podem nos afligir.

     Fico pensando no cinema mudo, filmes que foram grandes sucesso e ainda são, e nada se falava. Como intender um negocio desse? É simplesmente incrível. Como o muda é tão auditivo?

     Então mergulho em um mar de silêncio, mas de muitas gestos...

Um sorriso...

Um abraço...

Um aperto de mão...

Um aceno...

Um piscar de olhos...

Um manear com a cabeça...

Um olhar.

     Não se procura respostas, nem se garimpa motivos ou razões. Apenas com o silencio chega-se, envolve-se e vive o que não é seu mais se sente responsável pelo desejo da atenuar, amenizar e não tirar a dor de quem a sofre.

Estamos prontos a opinar...

Velozes em criticar...

Supersônicos em sugestionar...

Infalíveis em pentelhar...

A critica vem na velocidade da luz.

     O que vai no coração do outro?
     Como vive?
     Com quem anda?
     Onde mora?
    O que quer ou não? Muitas vezes nem a própria pessoa tem por definido...

     Então, deixe o dia passar e não faça sons, apenas escute o inaudível...

     Não faça ruídos, tente deixar pura a frequência que mora no ar...

     Se desconecte para conectar-se ao puro, ao legitimo ao natural, ao essencial.

     Fechar os olhos e se sentirá seguro em saber mesmo que não existindo som algum, ali esta alguém.
     Saber que bem perto existe alguém que nada quer, nem mesmo nada tem, mas está.
     Só está!

     Se existem paredes, não há problemas, se são estados ou continentes, também não há problemas. Só deixe que saiba que mesmo em silêncio alguém está...
     Esta próximo, bem próximo.

Para esquecer vá para o ruido, som, barulho mais alto...

Para não pensar agite-se bastante...

Para fingir esteja entre muitos...

Para se enganar seja o que não eis...

Para ser infeliz, faça destas coisas uma receita e coma. Um belo bolo de recheio doce e massa estragada.

O que queremos? companhia...

O que precisamos? Pouca coisa...

O que encontraremos? Tranquilidade, suavidade...

O que seremos? Seres humanos, conhecedores de nós mesmos...

Onde estaremos? Entre seres que nada querem em troca.

 

Elizeu B. de Oliveira

06/06/2015

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