Estranho
não é mesmo?
Mas
posso te provar o que digo, mas não o farei aqui, aliais, aqui não é o melhor
lugar e nem estou tão apto a tal devaneio...
Mas
voltando ao estar ou não bem acompanhado, este é simplesmente o ponto crucial
da questão. Existem companhias que nos fazem, mesmo na ora de muita dor, ou até
de uma morte indolor que seja, são capazes de fazer com que passamos por tais
situações e estas não nos afligem mais do que o que realmente podem nos
afligir.
Fico
pensando no cinema mudo, filmes que foram grandes sucesso e ainda são, e nada
se falava. Como intender um negocio desse? É simplesmente incrível. Como o muda é
tão auditivo?
Então
mergulho em um mar de silêncio, mas de muitas gestos...
Um
sorriso...
Um
abraço...
Um
aperto de mão...
Um
aceno...
Um
piscar de olhos...
Um
manear com a cabeça...
Um
olhar.
Não
se procura respostas, nem se garimpa motivos ou razões. Apenas com o silencio
chega-se, envolve-se e vive o que não é seu mais se sente responsável pelo
desejo da atenuar, amenizar e não tirar a dor de quem a sofre.
Estamos
prontos a opinar...
Velozes
em criticar...
Supersônicos
em sugestionar...
Infalíveis
em pentelhar...
A critica vem na velocidade da luz.
O que
vai no coração do outro?
Como vive?
Com quem anda?
Onde mora?
O que quer ou não? Muitas vezes nem a própria pessoa tem por definido...
Como vive?
Com quem anda?
Onde mora?
O que quer ou não? Muitas vezes nem a própria pessoa tem por definido...
Então,
deixe o dia passar e não faça sons, apenas escute o inaudível...
Não
faça ruídos, tente deixar pura a frequência que mora no ar...
Se
desconecte para conectar-se ao puro, ao legitimo ao natural, ao essencial.
Fechar
os olhos e se sentirá seguro em saber mesmo que não existindo som algum, ali esta alguém.
Saber que bem perto existe alguém que nada quer, nem mesmo nada tem, mas está.
Só está!
Saber que bem perto existe alguém que nada quer, nem mesmo nada tem, mas está.
Só está!
Se
existem paredes, não há problemas, se são estados ou continentes, também não há
problemas. Só deixe que saiba que mesmo em silêncio alguém está...
Esta próximo, bem próximo.
Esta próximo, bem próximo.
Para
esquecer vá para o ruido, som, barulho mais alto...
Para
não pensar agite-se bastante...
Para
fingir esteja entre muitos...
Para
se enganar seja o que não eis...
Para
ser infeliz, faça destas coisas uma receita e coma. Um belo bolo de recheio
doce e massa estragada.
O que
queremos? companhia...
O que
precisamos? Pouca coisa...
O que
encontraremos? Tranquilidade, suavidade...
O que
seremos? Seres humanos, conhecedores de nós mesmos...
Onde
estaremos? Entre seres que nada querem em troca.
Elizeu B. de Oliveira
06/06/2015
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