quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Estive pensando... QUE TAL MORRER DE VAGAR?

Um musico de certa banda em uma de suas musicas usa uma frase muito boa que diz:
“E O QUE É O VIVER, SE NÃO MORRER DE VAGAR!”
Bem a grande verdade é que a frase esta corretíssima, olhando a parte física, material e corruptível, frágil e pretenciosa de nossos corpos...
Mas, a questão é: Quem aqui esta morrendo de vagar?
Antes de continuar lendo, pense um pouquinho... Vamos lá, pense!
Encontrou alguém que esteja morrendo lentamente?
Tive que parar um pouco de escrever e respirar fundo, pois, são tantas coisas, tantas situações, tanto de tudo que de uma forma frenética e desenfreada nos mata, nos deprecia, nos extermina, nos manda embora...
Independe da idade!
Meu pequeno não para, com apenas um ano e seis meses vejo nele a sua ânsia por mais tempo, percebo a sua fadiga pela falta de tempo. Tenho que correr, tenho que pular, tenho que comer, tenho que mamar, tenho que fazer bagunça, tenho que aprender a falar, subir e descer... 
As vinte e quatro horas para este camarada é muito pouco e desde então já anda acelerado e acelerado também esta seu tempo.
Que tal crescermos um pouquinho?
Meninas e meninos com idade entre treze a dezesseis anos já vivem de forma frenética, estudos, paqueras, mudanças de cores nos cabelos, nas unhas, lugares pra se ir e conhecer, festas e passeios, jogos e sites, ídolos e músicas, querer desenfreados e pensamentos desorganizados... 
E o tempo? Você o viu? Passou por aqui?
Ficamos mais velhos, a procura por uma paixão, um amor, alguém que pense como eu e queira ficar perto de mim, que se faça e me faça importante e quisto.
Futuro, carreira, o que fazer para não envelhecer, moda, lugares estilos, tribos... 
Muitos erros, poucos acertos e uma audição quase inexistente...
Passa, e como passa...
Mas aí esta o problema, passa muito rápido e de repente você se vê, eu me vi...
Cabelos brancos, casado, pai de dois filhos, trabalhando,  estudando...
Um homem, uma mulher sem vida... Ou talvez possa dizer vida biônica, robótica e tudo que se faz tem uma logica e um motivo...
Logica, sem logica...
Muito tempo para se cansar, muito tempo para estar longe da pessoa amada e dos filhos que tanto lhe faz bem, muito tempo para manter o que se tem e não deixar acabar o que nem mais sabe se realmente é o tal tão principal e responsável por manter os seus dias...
Sem lógica mesmo...
Finais de dias e de semanas, finais de anos e aí? Ai, ai mesmo! 
É muita dor e dor incontrolável...
Se somente fosse a física se resolveria com alguns analgésicos e talvez relaxantes musculares, mas a alma sente fortes dores pois esta apreensiva, recuada e fragilizada por tantos intempéries da luta constante e interminável dias.
O que passa a nos mover e deprimente pois o SER já se foi, nos abandonou a muito...
Preciso! Esta é a palavra de ordem...
Eu quero! Este agora é nosso lema...
Eu tenho! Este e nosso triunfo.
Que motivos?
Acho melhor nem falar mais nada! encontrares algum?
Assim a morte, que parece tão feia e fria, passa em nossa frente todos os dias,  desesperados estamos por tudo, correndo estamos todos os dias e a morte que lenta e serena nos encontraria devido a nossa calma em viver, já nem se esforça mais, pois anda juntinho transvestida de tempo, dinheiro e poder, deixando sementes de extremo poder frutífero: Doenças diversas, tanto físicas como psíquicas fazer em nós habitat natural...
Não mais morremos de vagar!
Estamos sim deixamos de saborear a sua forma suave, o frescor, as descobertas, as pequenas porções de sabores diversos que a vida nos proporciona...
Deixando os governantes de nossas vidas, grandes monstros e fantasmas criados por nos mesmos vestidos de medo...
E a vida pouco esta se lixando para tudo isso, mas a mente nos engana e nos mata apressadamente.
Elizeu B. de Oliveira

23/10/2015

domingo, 11 de outubro de 2015

Estive pensando... O QUE MAIS NOS ASSUSTA!

O que mais nos assusta?
Você pode? Você consegue responder?
Acredito que muitos... Não, milhares... Não milhões de milhares responderiam que a morte é a que mais pode deixar uma pessoa amedrontada...
Mas digo que não!
O medo que temos se esconde na morte, por traz dela...
Quem a conhece além o mestre e que ainda vive?
Ninguém!
Nenhum homem ora ressuscitado ainda vivo para nos dizer algo sobre a tal morte, e ela continua obscura e trazendo o pânico, o medo e a loucura de coração seja qual for.
Bem parece contradição a minha não é mesmo? Digo que o nosso medo não provem dela, e até então nada mais falei do que a tal morte...
Então vos esclareço, descortino a sombra, e alumio onde posso levar a luz e digo: S O L I D Ã O!
Quem é a morte?
Onde estas o morte?
Quem és você?...
...S O L I D Ã O!
O que tortura, o que amarra o que distorce o que cria fabula e canções, o que alucina o que encanta e faz chorar, o que deprime e faz com que a própria morte seja convidada a reinar...
...S O L I D Ã O!
O que mora lá onde ninguém consegue ir: que vive no meio das trevas, do silencio?
...S O L I D Ã O!
Quem vive entre muitos e não é notado?
Que esta dizendo algo, grita aos quatro cantos do mundo em alto e bom tom é não é ouvido?
Faz gestos, se mexe se cansa se rasga e ninguém o vê?
...S O L I D Ã O!
Perder o que tens?
Ficar só?
Ficar e nunca poder ir?
Querer e nunca alcançar?
Amar e esperar ser correspondido?
Sentar-se a mesa e não ter com que conversar?
Olhar no horizonte e saber que ninguém o espera?
Perder? Esquecer o sentido de sua geração? Para qual fim?
Não ter vínculos e não ter historia não ter herança, não ter pudor, não saber, não saber...
...S O L I D Ã O!
Tens falado consigo mesmo? Tolo!
Enga-se pelo que vês no espelho? Hipócrita!
Falas o que não vives? Mentiroso!
Amas somente quem te ama? Egoísta!
Enterrado está, solitário, lindo por fora podre por dentro... Só!
...S O L I D Ã O!
Meu maior medo? A solidão!
Meu maior erro? Enganar-me todos os dias!
Meu maior descuido? Esperar sempre algo em troca!
Minha maior fraqueza? Não valorizar pequenas coisas e simples situações!
Minha maior demência? Ser juiz!
Minha insensatez? Querer respostas para tudo!
...
Bem, onde estou? Em casa!
Vou bem obrigado!
Revoltado? Não, com toda certeza, não mesmo!
Só percebo que a minha segurança não vem de mim mesmo, não esta nas C O I S A S que tenho ou nas que posso fazer...
Talvez no meu potencial humano?...,  Isso não é coisa!
Não mesmo!
Eu sou eu estou, não pelo que penso ou deixo de pensar...
Eu sou não pelo que posso ou não, tenho ou não...
O que nos move, o que nos faz levantarmos todos os dias, abrir nossos olhos, falar, andar, pensar, sorrir, chorar, ir e vir, deixar, pegar, amar, ter raiva, sofrer, sentir dor, ouvir, cheirar...
O que nos move e tão somente a ausência do calabouço, paredes, algemas e correntes criadas pela S O L I D Ã O da alma...
E esta ausência é oriunda do poder gerado pelos seres, pessoas que ao nosso redor estão todos os dias nos amado de forma incondicional, mesmo que sem saber.
Elizeu Batista de Oliveira

11/10/2015