O que mais nos assusta?
Você pode? Você consegue responder?
Acredito que muitos... Não,
milhares... Não milhões de milhares responderiam que a morte é a que mais pode
deixar uma pessoa amedrontada...
Mas digo que não!
O medo que temos se esconde na morte,
por traz dela...
Quem a conhece além o mestre e que
ainda vive?
Ninguém!
Nenhum homem ora ressuscitado ainda
vivo para nos dizer algo sobre a tal morte, e ela continua obscura e trazendo o
pânico, o medo e a loucura de coração seja qual for.
Bem parece contradição a minha não é
mesmo? Digo que o nosso medo não provem dela, e até então nada mais falei do
que a tal morte...
Então vos esclareço, descortino a
sombra, e alumio onde posso levar a luz e digo: S O L I D Ã O!
Quem é a morte?
Onde estas o morte?
Quem és você?...
...S O L I D Ã O!
O que tortura, o que amarra o que distorce
o que cria fabula e canções, o que alucina o que encanta e faz chorar, o que
deprime e faz com que a própria morte seja convidada a reinar...
...S O L I D Ã O!
O que mora lá onde ninguém consegue
ir: que vive no meio das trevas, do silencio?
...S O L I D Ã O!
Quem vive entre muitos e não é
notado?
Que esta dizendo algo, grita aos
quatro cantos do mundo em alto e bom tom é não é ouvido?
Faz gestos, se mexe se cansa se rasga
e ninguém o vê?
...S O L I D Ã O!
Perder o que tens?
Ficar só?
Ficar e nunca poder ir?
Querer e nunca alcançar?
Amar e esperar ser correspondido?
Sentar-se a mesa e não ter com que conversar?
Olhar no horizonte e saber que ninguém
o espera?
Perder? Esquecer o sentido de sua
geração? Para qual fim?
Não ter vínculos e não ter historia
não ter herança, não ter pudor, não saber, não saber...
...S O L I D Ã O!
Tens falado consigo mesmo? Tolo!
Enga-se pelo que vês no espelho? Hipócrita!
Falas o que não vives? Mentiroso!
Amas somente quem te ama? Egoísta!
Enterrado está, solitário, lindo por
fora podre por dentro... Só!
...S O L I D Ã O!
Meu maior medo? A solidão!
Meu maior erro? Enganar-me todos os
dias!
Meu maior descuido? Esperar sempre
algo em troca!
Minha maior fraqueza? Não valorizar
pequenas coisas e simples situações!
Minha maior demência? Ser juiz!
Minha insensatez? Querer respostas
para tudo!
...
Bem, onde estou? Em casa!
Vou bem obrigado!
Revoltado? Não, com toda certeza, não
mesmo!
Só percebo que a minha segurança não
vem de mim mesmo, não esta nas C O I S A S que tenho ou nas que posso fazer...
Talvez no meu potencial humano?..., Isso não é coisa!
Não mesmo!
Eu sou eu estou, não pelo que penso
ou deixo de pensar...
Eu sou não pelo que posso ou não,
tenho ou não...
O que nos move, o que nos faz
levantarmos todos os dias, abrir nossos olhos, falar, andar, pensar, sorrir,
chorar, ir e vir, deixar, pegar, amar, ter raiva, sofrer, sentir dor, ouvir,
cheirar...
O que nos move e tão somente a ausência
do calabouço, paredes, algemas e correntes criadas pela S O L I D Ã O da
alma...
E esta ausência é oriunda do poder gerado pelos seres, pessoas que
ao nosso redor estão todos os dias nos amado de forma incondicional, mesmo que
sem saber.
Elizeu Batista de
Oliveira
11/10/2015
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