Ate quando viverei eu?
Meus pais? Esposa? Filhos? Meus amigos?
Que segurança tenho de agora ao estar escrevendo venho a ser acometido por um mal súbito, um infarto fulminante ou um aneurisma irreversível?
Olhando por este lado e fazendo alguns cálculos, posso fazer minha base, meu alicerce nas coisas que todos nesta vida costumam falar, aproveite de tudo e o máximo possível, a vida é muito curta...
Discordo!
Aproveitar a vida? Fazer o que der na cabeça? Fazer de tudo?
Isso que dizer... Perder o controle da sua vida.
Esclareço!
O viver intensamente é saber e entender as nossas limitações, e quem as não tem?
Mas tudo o que venhamos a fazer pode até durar um pouco mais de tempo, mas no fim acaba acabando.
E se?
Quem me da garantias?
Nossa soberba é algo avassalador, o fato de cogitarmos estar em desvantagem e terrível!
A nossa intolerância e intolerável... Como somos mesquinhos!
Assusto-me só de pensar na mesquinhez de cada um de nos, tudo nosso é melhor, quero ter tudo o que você não tem e nem pode vir a ter...
Duas palavras fortes e bonitas: Egoísmo e Egocentrismo. Ra, Ra, Ra... Dispensa-se comentários.
O que quero dizer com isso é muito simples, nossa infelicidade, nossos pesares, nossos cansaços, nossas inconstâncias, nossos infortúnios, nossos temores, estão todos ligados a nossa incapacidade de ver o quanto somes mesquinhos e arrogantes.
Porque pessoas se tornam inimigas?
Porque amigos deixam de ser amigos?
Por que maridos deixam suas esposas e esposas deixam seus maridos?
Porque irmãos não suportam irmãos?
Porque mudamos constantemente de meio? Círculos relacionais?
Porque constantemente reclamos por não estarmos nos sentindo bem com o que vestimos, onde moramos ou como nos locomovemos?
A saída?
Será a saída, as trocas constantes?
As mudanças de lugar, cor, sabor, relacionamentos?
Direito de ser feliz!
Essa estória de direito de ser feliz é mais uma balela, um jargão humano criado por nós mesmos para mesclar e nos enganar a nós mesmos...
Quem é melhor que eu?
Sou totalmente suportável!
Tenho sempre o melhor para dar!
Sou notavelmente perfeito.
Aí me pergunto: Até guando darei voltar para chegar a uma única palavra que nem mágica é, mas que esta faltando e que pode resolver tudo.
PERDÃO!
Claro que todo mundo sabe o que significa. Mas uma pincelada não faz mal a ninguém.
O reconhecimento do fato de termos mais uma dos milhares e milhões de vezes termos errado.
O fato de entender que se algo rompeu não foi só por um motivo, eu também sou o motivo...
Pedir perdão não é fácil, mas pensem comigo, a perfeição caminha muito próximo das grandes dificuldades. E como é difícil reconhecer nossos erros!
Por que insistimos tanto em nos mesmos?
Por que teimamos todos os dias contra a nossa própria natureza?
Porque deixamos a arrogância, a falsidade dominar e enganar nos fazendo de marionetes e desconcertando tudo que é perfeito?
Escondemo-nos nos defeitos dos outros...
Baseamo-nos em pessoas... E daí? É patético!
Se você não vier primeiro eu também não te procuro...
Se você não falar comigo, não falarei com você...
Se você não olhar para mim, farei de conta que você não existe...
ATÉ QUANDO?
Acredito que já deu! Já esta ficando insuportável essa falta...
Falta de renuncia, falta de mansidão, falta de paciência, falta de atenção, falta de comprometimento, falta de esperança, falta de longaminidade, falta de DEUS!
Ta difícil voltar?
Para o filho prodigo também foi!
Então volte como servo.
O que vão dizer? Está mesmo preocupado? Estou?... Quando nas minhas erradas não estou nem ai, porque estaria quando pretendo retornar e recomeçar?
Já tem muito tempo? O que é o tempo afinal de contas? O tempo é hoje. O ontem passou é passado, e o amanhã... Não da nem para dizer, não existe!
Então é isso. Nada de resumos e sim a grande esperança de aproveitar bem o meu dia em relacionamentos sólidos e verdadeiros.
Tirar o peso de inúmeras migalhas que uma vidinha medíocre tem proporcionado.
Levar o frescor de um dia sem pesos, sem condenações e de liberdade e ser o que fui proposto a ser.
Arrepender algo essencial... Pedir perdão, corajoso, fundamental!
Tenho recebido, tenho compartilhado!
Elizeu Batista de Oliveira
04/09/2014