sábado, 7 de setembro de 2019

Estou saindo!!! E você?


Depois de um dia que nem foi tão longo assim, resolvo dar uma parada, pego o livro que estou lendo me sento bem à vontade no sofá do meu terraço e sim, preparado para me desligar do mundo...
Somos seres espirituais!
Assim que abro o livro na página que estou lendo uma voz suave e mansa fala aos meus ouvidos: - E aí tudo certo com você?
Eu não me aguentei e assim que olhei para o teto não vi mais nada a não ser um momento transparente e parado...
Eu e meus pensamentos falando com o criador e agradecendo por aquele momento e as riqueza que acumulara até esta presente data...
Agradeci. Porem fiz alguns pedidos...
É inevitável não estar em grandes diálogos com o pai e não lembrar do próprio umbigo...
Isso é natural, pedimos o tempo todo...
Pedimos errado!
Mas isso não foi o mais impactante, isso não foi o que me incomodara tanto. Na verdade o que o Espirito Santo me mostrou foi minha pompa, todo o glamour, o luxo, o momento de perfeita paz e comodidade... No meu terraço, no meu sofá
Sim comodidade...
Isso definitivamente não é nada bom!
Comodidade seria continuar junto ali na administração do reino e curtir a presença proximal do Pai e do Espirito...
Comodidade seria não sentir frio, fome ou quem sabe medo...
Comodidade seria não se submeter ao escárnio a dor de pregos nas mãos e uma lança transpassando seu corpo...
Comodidade seria a bajulação e a exaltação por ser o filho do todo poderoso.
A zona de conforto, o jargão que estamos acostumados e enjoados de usar...
Ele sim mostrou o que é estar fora da zona de conforto e viveu a real...
Jesus Cristo mostrou como fazer e fez com maestria e perfeição...
Ele nos amou primeiro e deixou toda a sua pompa, gloria e posição por uma causa maior, porem por alguém que de nada tem valor.
           “eu”.
Sua caminhada foi diária...
Seus momentos foram de unidade...
E sua meta foi cumprida...
Eu aqui. Vergonha e a tristeza se apoderaram de mim!!!
E agora pensei eu!!!
O que fazer?
Me perguntei...
Quem está precisando de mim?

Quem está carente de atenção e de uma palavra de apoio?
Que tem fome e sede?
Que sente dores e se sente em desamparo?
Quem diz lindos e intermináveis discursos e não se movem do lugar aconchegante e aquecido, de onde está?
Sim sou eu... eu mesmo!
São tantos discursos e tão pouca ação que não dá mais...
São estudos e possibilidade, estatísticas para consertar o mundo e nem a voz emprestamos para tal atitude...
Sou mestre no discurso e eloquente em palavras para classificar o desespero de muitos irmãos, mendigos, moradores de rua, vidas prostituídas, ateus, viúvas e órfãos...
Sou expert em trazer métodos e encher uma sala, um auditório de falácias...
Minha direção em atitudes e nula na direção destes e de que possa precisar...
Sou doutor em dialetos e não uso palavras diretas e objetivas para pedir ajuda a outros e ser referência para outros também...
Assim meu final de dia, meu sofá no terraço e minha agradável leitura transformou-se num lugar de desespero por olhar para mim e ver o quanto meu discurso é forte e grandioso e minhas atitudes são miseráveis e podres...
Deixo meu pedido de perdão por não ter ação e não fazer notório o que tenho ouvido do mestre Jesus...
Arrependo-me por falar das tantas necessidades e nada fazer a respeito...
Arrependo-me de não repartir e nem compartilhar por menor que seja o que tenho...
Não reparto e nem compartilho na angustia preocupante de não ter nada amanhã...
Arrependo-me por ser celetista e pensar que só aqueles que tenho afinidades são merecedores do que tenho...
Arrependo me por não colocar a luminária sobre a mesa e escondê-la debaixo da mesa quando me convém...
Arrependo-me por viver eu e não deixar Cristo viver em mim.
A palavra e viva e eficaz, a vida e dom e deve ser repartida...
Façamos algo para detonar a comodidade, o comodismo...
Façamos valer o grande propósito do criador que todos venham fazer parte dessa família...
Deixamos a inercia e façamos de nossas vidas uma eternidade de movimentos em direção a Cristo.

Elizeu B. de Oliveira 06/09/2019

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