quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Ofensa, Confronto e Verdade.

 

Nestes últimos dias, tenho pensado sobre três palavras que, se realmente formos analisar não estamos dando ouvido e tão pouco falado sobre elas, e fazendo que grandes coisas possam não estar sendo descortinadas.

E a base, eu vejo, é que estamos numa sensibilidade muito grande, sabe aquela história de “nutella”? Pois é isso mesmo.

Vivemos rodeados pela internet, as mídias sociais tornaram-se nosso travesseiro, nosso café da manhã, nosso amigo, nossa escola e em muitos casos, nossa família, e isso se dá ao fato de que quanto mais distante melhor... Mas isso é assunto para outro dia, pois, o que quero tratar aqui vai por outro caminho.

A questão é, estamos vivendo em um tempo em que o “CONFRONTO” não pode existir. As pessoas não podem mais ser confrontadas, não querem saber e tão pouco ouvir. Esta a primeira palavra.

O confronto não mais está existindo? Há um medo muito grande nos dias atuais de algo que pode gerar mudanças. E a palavra que é base e remete ao fundamento, temos que ter o cuidado de dizê-la, pois, quando se fala sobre ou tentamos nos pautar nela, corremos um grande risco de milhares de taxações e pseudônimos.

A “VERDADE” não pode mais ser dita!

Esta palavra não pode mais ser dita e claro, nem usada. Hoje a verdade tem que ser analisada, temos que criar formas e recursos para sermos verdadeiros e dizer o que de fato tem que ser dito.

Dai surgem os grandes recursos, amigos distante, famílias e seus membros presentes só em corpo, aprendizados remotos e caminhar sem caminho, sem sair do lugar.

Chegamos à terceira palavra e está se transformou na grande desculpa. Uma ferramenta infalível para que não possamos estar juntos, que a comunicação seja realizada remotamente, sem cheiros e odores e que o que eu disser sem a necessidade de um bom, olhos nos olhos seja suficiente. Não quero me “OFENDER”.

Talvez até agora pareça um pouco sem nexo, vazio quem sabe...

Vivemos em dias que as pessoas se ofendem fácil, eu me ofendo fácil de mais. E o fato de sermos ofendidos nos remete a duas questões: A primeira o fato de que tenho que ter cuidado com o que vou dizer, e a segunda não preciso ouvir e nem estou preparado para ouvir.

Nestas duas questões, algo que me incomoda é o fato de que temos que analisar com muito cuidado o que vamos dizer, e esse dizer, quero que fique claro tendo a “palavra” como base.

 Porém não nos tira a condição de dizer o que de fato deve ser dito, e principalmente quando a verdade tem que ser dita. Neste caso deixamos de ser verdadeiros e de pautar com a verdade, pois nossos ouvintes poderão com a verdade dita ficarem ofendidos.

A outra questão é que se de fato fomos ofendidos, avaliarmos nossa condição pessoal e sairmos dessa posição de coitados de nos ofendermos com qualquer coisa.

A questão aqui é bem simples, nos ofendemos com facilidade, por ouvir o que não queremos ou por ouvir o de necessitamos.

No fim, por faltar à verdade, conhecimento e amadurecimento, retemos a magoa, a ofensa passa habitar dentro de nós e se analisarmos com cuidados, veremos que sua moradia está no fato de não querermos ouvir o que foi dito e o fato de não querer liberar o perdão para quem nos ofendeu.

Assim caminha a humanidade, por causa da nossa sensibilidade e posso dizer comichão nos ouvidos, a alergia profunda a verdade, muitos mestres, pastores, padres, pais se detém no que vão dizer e falar, e muitas vezes fazem isso a distancia, pois sabem que ao confrontarem seus ouvintes com a verdade, poderão ficar ofendidos e isso poderá até mesmo distancia-los ou faze-los partir.

Entendo que nos dias atuais, cada um criou seu mundo, seus universo e que cada um tem a sua lei, porem a “BIBLIA”, continua sendo verdade, fiel e viva, e nela devemos nos pautar e sermos confrontados todos os dias na verdade e em amor. Caso nos sintamos ofendidos pela “VERDADE”, voltemos, reconhecemos e aprendemos fazendo parte desse processo o pedir e o liberar “PERDÃO”.

Tenho recebido, tenho compartilhado.

 

Elizeu B. de Oliveira - 16/12/2021

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