Naqueles dias, outra vez reuniu-se uma grande multidão. Visto
que não tinham nada para comer, Jesus chamou os seus discípulos e disse-lhes: 2 - “Tenho compaixão desta
multidão; já faz três dias que eles estão comigo e nada têm para comer. 3 - Se eu os mandar para casa com fome, vão desfalecer no
caminho, porque alguns deles vieram de longe”.
Marcos 8:1-3
Na verdade, já vão para uns três dias que esta palavra vem e
vai...
Estou sendo incomodado por esta palavra e ela não sai da
minha mente e todas as vezes que estou lendo a palavra, volto nesse texto e
leio novamente...
Peço sabedoria e discernimento e a grande verdade é que ainda
não consegui alcançar a plenitude de tudo isso...
Então poderia me perguntar o porquê está escrevendo e a
resposta é a mesma que ouvi do Senhor...
Minha palavra é viva e eficaz, e cortante e balsamo e fala
aos corações e mente dando alento, alegria, temor e sobre tudo sabedoria em
conhecimento e trazendo ao homem e mulher a proximidade do ser criador
fazendo-os íntimos dEle.
Então fico ouvindo duas coisas... todo o tempo.
Falando sempre que Jesus teve compaixão e que estavam com
fome de alimento material...
Mas eu sei e todos sabemos que Jesus é cheio de compaixão
isso é fato e em todo tempo Ele demonstra isso...
Mas o fato de Jesus estar incomodado com a fome isso me deixa
paralisado, fico horas pensando na compaixão por este motivo, a fome das
pessoas por comida, alimento para o corpo físico.
A grande questão de Cristo é a nossa vida espiritual e que as
outras coisas nos são acrescentadas...
Isso e relevante e faz com que entendemos seu zelo por obedece-lo
e estarmos mais próximos dEle e vivermos com esse objetivo...
Mas a questão aqui é um tanto quanto diferente, pois Jesus
estava incomodado com as pessoas não pelo fato de não estarem atentos ao seu
ensinamento, ou estar cheios do poder ou extasiados pela sua bondade e
sabedoria...
A questão aqui é que Jesus viu em cada um que ali estava à necessidade
de comer algo, matar a fome física...
Ele via
nos rostos de cada um a necessidade de alimento e foi além... Viu a forma que
as pessoas que estavam ali por estarem estariam tão fracos por não estarem alimentadas,
seus corpos físicos não aguentaria o retorno as suas casas ou cidades.
Isso me remete a dias atuais, e fiquei muito triste e com um
grande temor, pois algo que estamos vendo todos os dias são pessoas precisando
de alimento, a fome física a falta de mantimento ronda até mesmo lares de
cristãos, servos e discípulos de Cristo.
Claro que poderia ir além e sair das quatro paredes de um
tempo, uma célula e ir para as ruas a procura de muitos famintos, mas não, eu
sinto um incomodo tão grande por parte do corpo que acredito ser o motivo do
Espirito santo estar me incomodando tanto...
Não quero parecer aqui uma pessoa que representa uma politica
de boas maneiras, não quero ser um hipócrita nem tão pouco um sensacionalista...
Porem o fato de podermos olhar ao nosso redor e ter compaixão
e sairmos da inercia, do comodismo, da nossa zona de conforto e fazer o mesmo
que Jesus fez...
Sair dessa vida esquisita e acolchoada de crente...
Ter a vontade ardente de levar até as pessoas, todas as famílias...
Estarmos abetos a doar e alimentar os outros a receber sem
preconceitos e sentimentos contrários...
Cuidar-nos a ponto de poder e querer estar cheio dessa
compaixão e fazer o que é melhor em nossos ajuntamentos e reuniões...
Quando repartiremos e quando receberemos será sempre no
momento onde estivermos reunidos, em comunhão?
Quando as pessoas que não conhecem a Cristo, seus propósitos e
suas famílias vão se aproximar, vir, ouvir e entender o que Deus tem preparado
para cada ser humano?
Jesus viu que a falta ali não era palavra, oração ou louvor,
Ele viu um povo com fome, necessitado e cheio de dores...
Vejo que o momento foi ontem de sairmos das nossas casas,
nossa inércia. Cheios de compaixão e amor, com uma bolsa, uma sacola ou um porta-malas
repleto de partilhas, alimento para a igreja, para o povo.
Um povo, um corpo, uma igreja viva, onde todos possam compartilhar
de igualdade e viver um evangelho reto, puro e cheio de graça para com todos.
Nada pode nos deter destas coisas, pois o conhecemos é
pratico e o amor é diário...
A sabedoria, a obediência e a partilha são obras das mão de
Deus e o privilegio dado por Ele mesmo para podermos ser cooperadores em suas
obras.
Acredito que sim...
Não é o final desta revelação, mas sim o limiar de muitas
outras coisas que Ele mesmo quer nos mostrar...
O conhecimento é gradativo e no momento certo recebemos
conhecimentos para sermos por Cristo avaliados e prontos para tais novas situações...
Circunstancias ou tempo de parar...
Recebimento do que fora revelado...
Tenho recebido, tenho compartilhado!
Elizeu B. Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário