quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

TE TRAZER A MINHA MEMÓRIA

 

 'Eu sirvo a Deus com todo o meu coração, anunciando a boa notícia a respeito do seu Filho; Deus é testemunha de que digo a verdade. Ele sabe que eu sempre lembro de vocês

Romanos 1:9

Nos últimos tempos, temos ouvido em sermões, pregações e celebrações sobre como os relacionamentos interpessoais estão cada vez mais desafiadores. A distância entre as pessoas cresce, e muros e muralhas são erguidos com o advento das redes sociais. Isso tem exposto a falta de desejo de estar próximo, de olhar nos olhos, de ver a face e até mesmo de tocar e ser tocado. Vivemos dias em que o amor parece esfriar, e o "like", o "joinha" e as "curtidas" se tornaram o suficiente ou assim acreditamos.

Diante disso, surge a reflexão: tenho lembrado de todos os meus milhões de seguidores, como Paulo escreveu aos Romanos, e desempenhado bem esse papel? Tenho, de fato, lembrado de todos ou apenas desejado ser lembrado por eles?

São linhas tênues de engano, arquitetadas e executadas pelo mestre da mentira. Estamos em evidência! Mostramos nossos "looks", lugares visitados, aventuras, restaurantes, boutiques, viagens e até o nosso cotidiano. Somos lembrados até por aqueles que nunca nos viram ou que sequer conhecemos.

Mas ser lembrado dessa forma é realmente significativo? Ser lembrado apenas pela torcida de que algo bom nos aconteça, pela nossa aparência, bens, viagens ou intelecto diferenciado? E quando desaparecemos das telas, somos esquecidos. Cancelados. Ou até que a morte nos leve em nossa última viagem.

Torcer por alguém é bom, vibrar por alguém é essencial, mas ir até o trono da graça, diante do Todo-Poderoso, e dizer que você lembra de alguém em suas súplicas, pedidos e agradecimentos, isso é lembrar de verdade.

Antes de desejar ser lembrado, lembre-se. Antes de esperar algo, doe. Antes de buscar elogios, elogie. Antes de querer dádivas, seja generoso. Lembrar-se de alguém antes de ser lembrado é o verdadeiro ato de amor.

Lei da física? Talvez. O que vai, volta.

A famosa frase é verdadeira: gentileza gera gentileza, sorrisos geram sorrisos, amizade gera amizade, e alegria gera alegria. Lembrar de alguém gera ser lembrado.

Quem são os nossos? Aqueles que queremos ser deles.

Reserve um instante do seu dia. Lembre-se de alguém. Tenha bons pensamentos, faça um pedido, uma oração, uma reza. Não deixe de lembrar, mesmo que essa pessoa não pareça tão boa a seus olhos. Acredite, isso pode mudar muita coisa, até mesmo a sua.

Tenho recebido, tenho compartilhado.

Elizeu Oliveira – 01/01/2025

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Se fazer conhecido. Topa!

 Falar sobre família não é fácil, e afirmo isso com base em uma única frase: “Somos muito diferentes e iguais ao mesmo tempo.”

Parece estranho e contraditório, não é? Talvez!

Quando paramos para refletir sobre a família, percebemos que, por mais que amemos ou odiemos, estamos, no fundo, lidando com pedaços de nós mesmos.

Amamos aqueles que se parecem conosco, que carregam traços, manias e trejeitos semelhantes aos nossos. Heranças sutis que só os laços genéticos conseguem transmitir. Mas também podemos odiar essas mesmas pessoas, tão próximas de nós, que compõem a nossa árvore genealógica.

Está claro para mim que a família é exatamente isso: não há distância, poder aquisitivo, doenças, falhas ou defeitos que possam mudar o que ela representa. Somos família, e ponto final.

E sim, sempre existirá um pai e uma mãe – a base única da existência de uma família. A criação, a formação e a concepção vêm da bela e perfeita união dos gametas masculinos e femininos, e assim, “PÁ!”, mais um, depois outro, e, de repente, vários. Família!

Perfeita? De forma alguma. É impossível. Mas ajustável, flexível e, acima de tudo, eterna.

Saudável? Desde que haja um entendimento claro de seu propósito e razão de existir.

Chegamos, então, à melhor parte: Conhecer ou pelo menos tentar conhecer os membros dessa família. Quem sabe até fingir que conhecemos? Risos!

Hoje, sou filho, neto, sobrinho, primo, tio, marido, genro e pai. Com essa longa lista de títulos, tenho uma família tão grande que talvez nem conheça todos os seus membros. E é aqui que quero chegar.

Refletindo sobre essas questões, cheguei à conclusão de que não é sobre conhecer todos. Até porque, há sempre o risco de que alguns membros da família não queiram me conhecer. O ponto é “Me fazer conhecido.”

Claro, há aqueles que já partiram e não estão mais entre nós. Esses, de fato, não poderei alcançar. Mas os que estão vivos, esses precisam me conhecer.

Vivemos em dias em que membros da mesma família não se conhecem. A parte ruim disso é que muitos de nós ficamos esperando que algum avô, tio, pai ou mãe venha nos procurar, venha estreitar os laços. Isso é uma ilusão. “Quem quer conhecer, precisa se fazer conhecido.”

Portanto, a mensagem é clara: Faça-se conhecido e descubra o verdadeiro significado de ser e ter uma família. Vale a pena essa aventura, porque, no final, não há ideia mais louca, divertida, misteriosa, cansativa e bela do que a família.

Ao nos fazer conhecidos e nos dedicarmos a conhecer, seremos surpreendidos com tudo o que aprenderemos. Seremos desafiados e animados a estreitar os laços com nossos entes queridos e até com aqueles que talvez não nos agradem tanto.

Ah! Quase me esqueci: No início, alguns podem não aceitar a ideia, mas eventualmente vão topar. Outros, de cara, estarão dispostos a viver novas aventuras ao seu lado. E, claro, haverá aqueles que talvez nem olhem no seu rosto, mas, ainda assim, saberão que têm e são família com você.

Boa sorte!

Elizeu Oliveira – 31/12/2024

terça-feira, 26 de novembro de 2024

DE NOVO?

 “De novo os israelitas fizeram o que o Senhor reprova, e durante sete anos ele os entregou nas mãos dos midianitas. Juízes 6:1”

“E também disse a vocês: Eu sou o Senhor, o seu Deus; não adorem os deuses dos amorreus, em cuja terra vivem, mas vocês não me deram ouvidos. Juízes 6:10”

 

Os entendedores entenderão! Não é o que dizem por aí?

Será mesmo?

Parece sarcasmo, mas não é!

Quem são os "entendedores"? Onde estão? E por que uma nação vive tão escravizada?

Será que realmente entenderão?

Será que estão entendendo?

E que tal... "DE NOVO?"

De novo.

De novo

De novo.

Quantas vezes mais?

Desejo que todos tenham acesso ao que Deus quer falar e tem falado. No mínimo, aqueles que um dia foram despertados do sono precisam ouvir. DE NOVO!

Até quando uma nação será subjugada pelo inimigo?

Até quando o medo e a falta de esperança massacrarão um povo?

Por quanto tempo mais a mentira e o engano esmagarão a verdade?

Quando as trevas cederão espaço para a luz?

DE NOVO, o povo tem feito o que desagrada ao Criador!

Sendo bem explícito, essas interrogações são direcionadas àqueles que carregam o título, todos de todas as partes de uma nação que, DE NOVO, tem praticado o que o Senhor reprova.

Examine-se, pois, a si mesmo...

Talvez algum desavisado se pergunte: “Por que esse contexto?” Talvez esteja faltando a esse desavisado olhar ao redor e perceber que o temor do Senhor está se esvaindo, que o conhecimento da verdade não é mais tão desejado, e que a busca pelo bem-estar pessoal tem cegado muitos a ponto de acreditarem que suas provisões dependem única e exclusivamente de suas próprias forças.

Uma nação cristã, afogada em maldade, injustiça, promiscuidade, avareza e soberba...

Sem referência!

Como isso é possível? Será que DE NOVO não está acontecendo DE NOVO?

Quantos mais "sete anos" serão necessários?

Não está no desejo de viver aqui, e sim fazer do lugar enquanto estiver nele reflexo de quem o criou.

Não nos tem faltado direção. A fonte ainda não nos foi retirada. O desejo latente nunca morrerá.

Mas, mesmo assim, optamos por nos acovardar, procrastinar, desfrutar dos manjares oferecidos e beber do engano que, todos os dias, nos é servido em bandejas de prata e taças de ouro e cristal.

Qual é a recomendação? A instrução? A palavra dita?

"..., mas não me deram ouvidos!"

 

Elizeu Oliveira – 26/11/2024

sábado, 23 de novembro de 2024

ENTRE NÓS

 


Nos anos 80, o Legião Urbana, uma banda de pop-rock, fez grande sucesso. Suas músicas tinham um forte cunho social, afirmando a potencialidade da juventude e confrontando as realidades nacionais da época. Contudo, elas também traziam reflexões profundas sobre as relações das pessoas consigo mesmas, família e com o mundo ao seu redor.

Entre as muitas composições do vocalista Renato Russo, destaco uma frase que nos faz pensar sobre o rumo dos nossos relacionamentos, o nível de intimidade que á muito se perdeu e o preço que nosso universo interior tem pago por não conhecermos aqueles que deveriam ser os mais próximos de nós.

"São crianças como você, o que você vai ser quando você crescer..."

Eu não esperei que alguém viesse me perguntar se eu conheço meu pai. Não espere por isso.

Faça essa pergunta a si mesmo. Se sua resposta for "sim", afirmo que isso pode marcar o início de um caminho livre, cheio de possibilidades, recursos, afirmações, sucesso e segurança. E, além disso, proporcionará uma alegria imensa, trás conhecimento.

Por outro lado, se a resposta for "não", posso afirmar com convicção: você nem mesmo se conhece!

A intimidade existe para ser compartilhada com pessoas autorizadas, e para que isso aconteça, a liberdade e o acesso precisam ser mútuos. Não adianta viver com atitudes como “vai que eu vou” ou “deixa que eu deixo”. Não há confiança nisso. E, quando falamos de confiança, ela é a chave esplendorosa que abre as portas da intimidade.

Vivemos tempos em que qualquer chave parece capaz de abrir as portas da intimidade!

Chaves sujas, enferrujadas, tortas. E os portadores dessas chaves, além de não entenderem o que estão acessando, muitas vezes sequer percebem o valor do acesso que estão recebendo.

Como podemos entregar uma chave tão poderosa a quem mal conhecemos? Como podemos permitir que qualquer chave abra nossas virtudes, sonhos e desejos mais profundos e preciosos?

Voltemos aos nossos pais — homens e mulheres que, de maneira sutil, mas perceptível, desejam nos entregar suas chaves. Eles querem que, ao entrar em seus universos, possamos também confiar e entregar as nossas chaves.

Pais e mães que, silenciosamente, anseiam por serem conhecidos para que possamos, assim, nos deixar conhecer. Esse processo começa desde a concepção, quando gametas, masculino e feminino, se unem, e o Criador acompanha cada detalhe desse maravilhoso e inexplicável processo, pois é o autor desse projeto.

 Ali, já existe propósito, a criação de uma pessoa, um propósito verdadeiro e conclusivo, alguém que fora sonhado e amado.

Não costumo ser explícito, porque acredito no potencial de cada pessoa e quero estimular esse potencial. Não cito nomes porque cada um tem sua história. E não digo que tudo isso é uma utopia, pois, como ensinam as leis da física, para cada ação há uma reação.

Assim, comece avaliando com cuidado para quem você tem dado livre acesso ao seu interior. E procure, de fato, quem realmente merece esse acesso em primeiro lugar.

Novamente, surge a pergunta que não pode ficar sem resposta e  a reflexão do que deve ser feita hoje, para que essas chaves comecem  a ser forjadas e ou restauradas para que possam ser e usadas da maneira sábia e verdadeira.

Antes de mim, quem são? Como viveram? Quais sonhos tinham e quais ficaram guardados?

Não seja superficial!

Pense nessas pessoas que são responsáveis pela sua existência. Pergunte sobre elas, suas alegrias, prazeres, decepções, acertos e erros. Deixe que, antes de fazerem parte da sua vida, sejam a essência dela. 

Dê espaço para esse universo!

Depois disso, aproxime-se. Apresente suas chaves, e eles entenderão que você também deseja as deles.

No final, você perceberá que somos, como diz a música, crianças. Mas agora, carregando a sabedoria necessária para que as próximas gerações não precisem mais de chaves, pois não haverá portas que separem pais e filhos.

 

Elizeu Oliveira – 23/11/2024

terça-feira, 19 de novembro de 2024

O Sacerdócio.

 

 Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e agradável para com a multidão de seus irmãos, procurando o bem do seu povo e trabalhando pela prosperidade de toda a sua nação. Ester 10:3.

 

Nos últimos dias, temos falado muito sobre sacerdócio: ser o sacerdote de nossa casa e família, liderando com amor, equidade, justiça, benevolência e integridade. Mas, para muitos nos dias de hoje, esse conceito pode gerar questionamentos. Entre eles, destaca-se: Por que ser um sacerdote?

Por que praticar boas ações? Por que agir de forma justa e íntegra? O que ganharei sendo honesto? Será que serei recompensado por ser um bom esposo e um pai exemplar?

Vivemos tempos em que, infelizmente, a fé e a percepção do propósito parecem esmorecer. As pessoas estão deixando de ser o que foram criadas para ser: seres humanos, com essência e propósito divinos.

Onde está nossa humanidade? Para onde foi nossa essência? O que aconteceu com nosso intelecto a ponto de nos compararmos a qualquer coisa, menos à grandiosa criação que somos?

Estamos perdendo nossa referência!

O Criador, a beleza da fé, o ato de acreditar. Vivemos como os antigos faraós, que se viam como deuses, acreditando na própria imortalidade, mas cujas vidas terminaram em vazio.

Chegamos a um momento em que o valor adquirido se fundamenta em posses e poder, enquanto tudo aquilo que recebemos diariamente, de forma gratuita, permanece imperceptível e desvalorizado. Assim, um objeto que se quebra, uma moeda que perde seu valor ou uma cédula que se rasga acabam definindo quem somos e o que queremos ser.

Isso nos faz esquecer o grande mistério humano: a união de dois indivíduos de sexos diferentes, que dá origem a um novo ser, cuja funcionalidade é inexplicável e cujas explicações muitas vezes são vazias ou repletas de lacunas sem respostas.

De onde virá o reconhecimento? O sucesso? O legado?

Virá das nossas posses? Será que meu jatinho dirá algo sobre minha essência? Talvez meu Porsche fale por mim? Ou minha mansão exiba minhas virtudes?

No fim, quem estará ao meu lado? Talvez apenas meu animal de estimação, enquanto tudo que acumulei ficará para trás.

Sim, ter bens materiais é importante, e não há pecado nisso. Porém, o sacerdócio não se fundamenta no que temos, mas em quem está ao nosso redor: vidas.

Ser sacerdote é cuidar, nutrir, guiar, proteger e promover aqueles que nos foram confiados.

O Vaso mais fraco, proteja, acaricie, beije e abrace. Promova, fortaleça, afirme. Não deixe sua esposa sozinha nem a abandone. Mantenha a luz acesa para que ela não tropece. Adorne-a com amor e palavras de valorização, que ela tenha orgulha de ser sua.

As Flechas, olhe para seus filhos com ternura e atenção. Observe suas palavras, sorrisos e passos. Deixe que escolham, mas seja referência em suas decisões. Abrace-os, beije-os e ajude-os, mesmo que não peçam. Seja honesto, mostrando suas fraquezas, pois isso evidenciará suas virtudes e moldará o caráter deles. Duro sim quando necessário, mas cheio de compaixão.

Foi assim que homens como Mardoqueu, exaltados e lembrados. Ele exerceu seu sacerdócio de forma íntegra e completa. Desde o início, foi fiel ao Criador e à sua missão. Sua fidelidade foi uma resposta que trouxe salvação a um povo.

Até hoje, e por gerações futuras, Mardoqueu será lembrado por ser um marido exemplar, um pai dedicado e um homem com seu coração voltado para Deus e para as pessoas ao seu redor.

A referência não está no que é certo ou errado, mas no que é verdadeiro. O fundamento está na postura, nas palavras, nos relacionamentos e na vida que vivemos, no que somos de fato no nosso íntimo e particular.

 

Elizeu Oliveira – 19/11/2024

domingo, 14 de julho de 2024

O TEMPO HOJE!

 Quanto tempo ainda teremos?

Quantas primaveras ou quantos invernos ainda contaremos?

Quantos dias de sol nos sobrevirá ou quantos dias frios nos farão nostálgicos?

Às vezes, ou posso ir além, muitas vezes nos pegamos a pensar o quanto de tempo ainda nos restam, até onde iremos, se o tempo que temos nos dará condições de realizarmos tudo o que temos pensado.

Realizar é uma boa palavra, e seus significados também, porém vivemos pensando muito e só.

Viver pensando nunca foi o suficiente, e nunca será!

Viver pensando nunca tirou nada e ninguém do lugar, nem mesmo nos trouxe até aqui.

Muitos pensamentos não são capazes de fazer a vida continuar e tão pouco dar condições de levá-la para algum lugar.

Vivemos pensando em chegar a algum lugar, mas que lugar é esse?

Acredito que posso ajudar.

Quanto ainda vamos viver? Até onde chegaremos, quantas realizações seremos capazes de conseguir?

Voltando no tempo, e falando de tempo, quanto nos resta de tempo?

A pergunta certa não existirá antes de entender a melhor parte do tempo. E não e o que ainda virá, a melhor parte... E nem tão pouco a parte em que já foi.

A melhor parte do tempo é o agora, esse é o tempo, esse é o melhor lugar, este é o ponto principal e primordial, essa é a resposta: O tempo é hoje!

Pare de pensar o quanto ainda vai viver.

Nostalgicamente deixe o tempo passado no passado, o tempo hoje é o lugar certo.

Então no tempo certo, que é o hoje, deixe de pensar no que poderia ou no que poderá, não pense: PLANEJE!

Perdemos muitas horas, perdemos muita energia, perdemos muitas coisas pensando, e tão somente pensando.

Pensamentos fúteis, vazios, sonhos vãos sem fundamento e finalidade. Pensamento, só pensamentos.

No tempo hoje, planejaremos nossas próximas ações, e faremos um bom planejamento com alicerces do tempo que até aqui vivemos e com um telhado do futuro que nos é permitido pela FÉ.

Não importa se já foram dez anos, trinta e sete anos, ou talvez oitenta e três anos, não se detenha no que já foi, estes já foram e passou, não há como voltar e fazer reparos ou retificar escolhas.

Não importa o quanto ainda vai viver, quem é que pode dizer isso a não ser quem o criou. Ele nos deu o PRESENTE de presente.

Façamos do tempo hoje um presente bem recebido, com músicas, festas, dança e alegria. Que seja a resposta, a confirmação e definitivamente a certeza do que de fato precisamos. Isso nós temos!

Com quem será, o que serei, o que terei...

Futuro reservado para quem vive o tempo hoje, fazendo hoje, acreditando hoje, errando hoje, acertando hoje, se relacionando hoje, servindo hoje, respeitando hoje, amando hoje, sendo justo hoje, perdoando hoje, se arrependendo hoje, pedindo perdão hoje, VIVENDO A VIDA HOJE.

Quanto tempo nos resta, não sei e nem quero saber, essa dúvida me aprisiona nas garras da ansiedade e dali não consigo sair.

O que farei, quem serei, onde estarei? Dependerá do meu hoje e no que tenho dedicado algumas horas me planejando.

Com quem estarei? A melhor parte, com aqueles que me relaciono hoje, com os laços que são atados hoje, com a vida em CRISTO que vivo hoje.

A pergunta correta a fazer?

O hoje é a resposta a qualquer pergunta!

O hoje é o momento certo, o hoje é a estação certa, o hoje é o tempo de planejar, o hoje é o tempo de aprender e de errar se necessário for, o hoje é o tempo de criar vínculos, o hoje é o dia certo de começar uma história sem penar se terá fim ou não, o hoje é o presente tão esperado, tão festejado, tão quisto.

O passado é como uma janela de vidro fechada, lacrada, trancada, a brisa não mais entra, não se pode mais interagir com o que está lá fora, as coisas estão lá, paralisadas, sem cor, porém não mais acessadas.

O presente é como uma janela de vidro, porém aberta, escancarada, por ela a brisa passa, os raios do sol e até a chuva, cheia de possibilidades de cores, ela está aberta e você pode quando quiser dar aquela olhada, colocar-se para fora, acenar para alguém e interagir com o externo.

O futuro é esta mesma janela, porém com uma persiana em sua frente e fechada. Sabemos que existe algo por trás, mas não sabemos de fato o que ou quem, mas esta janela está sempre a nossa espera para poder abri-la e sim ela está ali tão somente para abrirmos no momento oportuno, no preste recebido.

Janela do passado? – Um copo cheio de ansiedade!

Janela do presente? – Um convite a vida!

Janela do futuro? Um naufrágio nas torpes e raivosas águas turvas da ansiedade.

Movimente-se, e somente uma das janelas te dará essa possiblidade. Viva hoje!

 

Elizeu Oliveira – 14/07/2024

sábado, 2 de dezembro de 2023

Casado triste ou separado feliz?

        Depois de um bom tempo sem escrever, ao me deparar com uma situação normal e corriqueira da vida a dois, comecei a ouvir depoimentos que me remeteram a tal pergunta e aqui estou, de volta as teclas do meu computador. Confesso, tudo o que vimos e ouvimos sobre o futuro, os próximos anos tem se revelado a cada dia e sim a humanidade está se desumanizando.

Não tenho todas as respostas, aliás, não tenho respostas para as grandes questões e conflitos da humanidade e acredito que ninguém tenha. Podem até criar alguns caminhos, ou quem sabe teorias, talvez uma idéia baseada em um número insignificante de depoimentos a comparar com todo o universo de seres humanos. Respostas que podem atender sim a uma pequena minoria ou talvez alguns desavisados.

Que fique claro, um dia tudo será descortinado, isto é, o que é oculto se revelará mesmo que para confirmar a mim e a você que foi um tremendo engano ou que o projeto existe e você ficou de fora por não acreditar nele.

Para que nos casamos? Para início de debate, as respostas aqui serão milhares e variáveis, visto cada resposta tem-se fundamentos tanto em experiências de vida e pessoais, quanto de vista e até mesmo em histórias de ficção.

Assim reafirmo o que escrevi anteriormente, afinal onde estão os sábios gurus que possuíam o poder para responder os questionamentos do mundo?

Viver a dois, nos aliançar, fazer votos, ajuntar simplesmente, marcar uma reunião solene com padrinhos e madrinhas, muitas testemunhas e um futuro desconhecido.

Viver sob um mesmo teto, tomar banho juntos, conhecer as imperfeições, aceitar as manias sem compreendê-las.

O que fazer com tantas variáveis, a começar por ter uma vida de relacionamento extremamente próximo e íntimo, alguém que para muitos, avaliados em tão pouco tempo.

Como saber se após um ano de namoro o Sr. Oliveira é o cara certo para a Sra. Teles? Como saber se a Sra. Souza com alguns miseráveis dez meses completará o Sr. Ferreira?

Quem garante que após dez anos de namoro o Sr. Siqueira atenderá todas as expectativas da Sra. Nogueira?

Essa seria uma resposta fácil? Não creio!

Aliás ainda não descobrimos por que nos unirmos, não é mesmo? Posso usar o termo tem?

Deixando as coisas um pouco mais animadas por aqui, a felicidade pode ser um conceito, não acham? Não! Talvez um estado de espírito, quem sabe!

Felicidade, momento da vida, vidas que passam e se vão. Talvez possa classificá-la como estilo de vida, isso mesmo, meu estilo de vida é ser feliz.

Quem me fará feliz? Ou melhor, alguém pode me fazer feliz?

Um momento! A minha felicidade depende de que, afinal de contas? Meu carro? Minha casa? Meus bens? Meu trabalho? Minha esposa ou família? Talvez eu tenha acabado de descobrir a resposta de uma das mais importantes dúvidas da humanidade, preciso encontrar aquilo ou alguém que me faça feliz. É isso, nada tenho que fazer a não ser encontrar!

Agora me encontro num grande dilema, e se eu estiver enganado sobre as procuras e os encontros que já fiz? E se eu estiver pensando que a esposa que escolhi e os bens que tenho e os filhos que agora são meus fazem parte de um grande equívoco?

Parece que o fato de construir algo ou alguma coisa nada tem a ver com tudo o que estamos ouvindo e vendo nestes dias atuais. Eu não tenho que me doar, nem tão pouco me sacrificar, afinal eu só preciso encontrar, e se não for aquilo o provedor da felicidade que tanto MEREÇO, a procura e a busca continua não depende de mim, de maneira alguma, o universo tem que se posicionar e criar todos os recursos para que eu seja muito feliz.

Não há ou mesmo, deixa de existir qualquer responsabilidade de cuidado sobre qualquer coisa ou individuo, trabalho em prol a um bem maior e comum, respeito e valorização por uma pessoa que é sentimento. Sem entrega, sem esforço, sem compromisso.

A desistência é um caminho de volta e quando se trata de pessoas é leviano e avassalador. A desistência revela um ser mesquinho e arrogante para com uma pessoa, revela que se falta uma peça no quebra cabeça tudo está acabado e a imaginação se derrete. Revela que o trabalho e injusto e ingrato e que trabalhar para que algo seja edificado não valha a pena.

Ser feliz, entendenda você dá forma que melhor lhe convir, não está no fato do que recebe, nem tão pouco de coisas, pessoas, lugares ou situações. Quando se trata da vida de um homem e uma mulher juntos, tem a ver com o que se revela, se descortina todos os dias, tem a ver com que construímos, entregamos, para realização de uma unidade que definitivamente não tem nada a ver com uma pessoa, um ser.

Nossa tristeza não está relacionada com quem estamos, com o que temos. Solteiro ou casado, continuará triste enquanto depender de outros ou de fatores externos.

Solteiro ou casado seremos tristes enquanto a procura for a base da felicidade, visto que ela é o que é, hoje. Sendo claro, a felicidade está no pum que ela descuidada deixou escapar, no talher que ele tentou lavar, no sal que passou dos limites ao temperar o bife, na mesa horrivelmente posta que ele fez, no eterno passeio no shopping olhando as vitrines, na cara de cansado que ele fez ao ser questionado sobre o atraso, na grana do fim do mês que não deu, mas vida que segue e amanhã será um outro dia. No levantar várias vezes para ver se o bebê está respirando, no estar tentando ficar acordado com ela quando está amamentando, no filme sem graça que ela insiste em assistir, no futebol dele que a bola nunca fura, nas visitas a casa da sogra que mais parece o fim do mundo, na chegada sem avisar do filho ou filha pela amanhã na cama do casal, nas preocupações de que o tempo vai passar e que perderemos o controle sobre as idas e vindas dos nossos bebês que cresceram, no tempo se olhando para o espelho e pensar que mesmo com todo esse tempo alguém se esforçou para estar comigo, alguém trabalhou para estarmos juntos, alguém se doou para que tudo tenha sido construído e que tudo o que passaram juntos não foi baseado no receber e sim no se doar e entregar. Isso é somente um breve relato do que se pode ter a dois.

Ei, sei que parece um filme de romance, não é!

E sei que a realidade é dura sim, porém optamos sempre pelo caminho mais fácil.

Fica muito cômodo e fácil parar quando não está dando certo, e se focarmos nisso, infelizmente não mais haverá vida a dois.

Quando falo vida a dois, não são retiros ou imersões conjugais que ficamos casados com alguém por alguns meses ou talvez alguns poucos anos e pronto.

Não estou feliz, tchau! Não estou bem com você, até logo! Está muito chato, fui!

O casamento, a vida a dois é muito mais do que um sentimento, um estado de espírito, uma sensação, estar casado é uma vida, é uma edificação que requer todos os recursos e subsídios para virar um grande e belo edifício. Um legado.

Sei bem que existem situações nesta vida que são conflituosas e ultrajantes e que é abominável, seja homem ou mulher, humilhar, maltratar quaisquer pessoas tanto física, emocionalmente e que fique bem claro, ninguém é obrigado a nada, quando fizer, faça por livre e espontânea vontade e em amor.

Meu, o recado aqui é que “NÃO”, não seja a primeira opção o rompimento e sim a entrega!

Que seja abandonado o que destrói e maltrata o casamento, que haja respeito e sinceridade, que sejam prontos para ouvir, tardios para falar e tardio para irar-se, que se esforcem para essa eterna construção.

Procure por ajuda sempre que precisar, não há melhores ou piores, a pessoas que amam e que acreditam no potencial do casamento e da família.

Não fomos criados para vivermos só e neste contexto sempre existirá pessoas para te ajudar, tanto a destruir o que começou a construir, quanto te ajudar a continuar construindo aquilo que um dia você cheio de esperança e alegria começou. Então nunca deixe de edificar, para ver concluído aquilo que começou. Não há casamento ruim que não possa ser consertado e nem casamento tão bom, que não possa ser melhorado.  Escolha corretamente!

 

Os céus e a terra tomo hoje por testemunha contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. Deuteronômio 30:19

 

Elizeu B. de Oliveira – 02/12/2023