Lulu Santos em uma de suas muitas
musicas que compôs, disse que talvez fosse o ultimo romântico, outros talvez dissessem
que seriam os últimos mártires e talvez únicos.
Eu prefiro a palavra MAIS UM!
Mais um inconstante...
Mais um inconformado...
Mais um decepcionado...
Mais um desnorteado...
Mais um vivendo crises existenciais
terríveis.
Será que sou o ultimo?
O único?
Não sei, gostaria de ser!
Talvez muitos me condenaria por isso...
Me condenem sim, e dai, aos longos dos meus 40 anos não estou mais para muito blá-blá-blá, principalmente para o que dizem ou o que pensam...
O que me preocupa mesmo é o que eu
tenho pensado sobre mim mesmo, e infelizmente não tenho estado muito satisfeito...
A questão é simples: Ser completo em
tudo, isso é tudo!
E o que percebo e vejo em mim é...
Muito bom em algumas coisas e muito ruim em outras...
Dai o surgimento da inconstância,
decepção e frustração...
Como viver e conviver com duas caras, duas metades,
tanta fragilidade na qual fui projetado.
Então, olho pra mim, olho para meu
redor e vejo uma luta pertinente e incansável do ser, de algumas vezes esconder-me, enganar-me e me refugiar em coisas, situações e até mesmo em outras pessoas, fazendo usos
destas coisas e destas pessoas para aplacar a dor e tentar conter o desejo por
respostas as quais sei que existem mais não sou capaz de suporta-las...
Olhamos o passado e nos
entristecemos, e vemos o quanto erramos...
Enchemo-nos de arrogância e
prepotência, não queremos em hipótese alguma mostrar nossa fragilidade e Deus
que nos livre alguém perceber que fraquejamos...
Procuro desculpas, procuro falhas no
passado, procuro meios de não errar tanto no presente para que as futuras
gerações não paguem por isso.
Bem, isso de tudo é a parte boa, as
futuras gerações...
A preocupação que tenho com elas,
todos os novos seres que um dia serão adulto em um futuro próximo...
Gostaria eu
que não fossem como eu sou...
Um homem cheio de medos, indeciso, com um mínimo de
fé possível...
Sem as chances e oportunidades possíveis, sendo governados por
monstros com entranhas apodrecidas com suas índoles gloriosas de corrupção e
falta de amor pela sua própria espécie...
Mas pelo que vejo, continuo assim,
vivendo em crise, escondendo-me de tudo e de todos e principalmente das gerações
futuras, de pés e mãos atadas sem nada fazer.
Eternidade? Você acredita que um
monumento com sua imagem, uma rua com seu nome um prédio com seu sobrenome ou
um filho com sua assinatura o torna imortal? O mantem vivo?
Nem mais na memoria...
Assim os dias vão passando, hoje
confuso, amanhã alegre, depois de amanhã cansado, depois de amanhã de amanhã alegre novamente, e depois do depois frustrado e assim vai...
É a vida você me diz!
Sim e a mediocridade da vida que
todos tem levado por não saberem ao certo para onde estão indo, quem são e o que
realmente querem, valorizando mentiras para afagar a dor de todas estas
duvidas.
Elizeu B. de Oliveira
10 de janeiro de 2016
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