segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A MELHOR DESCULPA!!!


Bem, já que vou morrer de qualquer maneira mesmo...
Acho que vou mesmo é ficar por aqui!
Pra que gastar tempo, dinheiro energia, saliva, força, combustível, calçado, roupa...
Pra que correr atrás de tantas e de tantos?
Alguns dos bons anos da minha vida que se passaram, na verdade nem estava lá, minha infância antes dos quatro anos, talvez três... Não me lembro de nada mesmo...
Acho que por este motivo que foram tão bons...
Depois disso, só rolou correria, sempre e sempre tentando...
Me encontrar...
Me agradar...
Me entender...
Me encaixar...
Me arrumar...
Me locomover...
Me satisfazer...
Sobreviver, tentando...
Agradar alguém...
Obedecer alguém...
Entender alguém...
Ser amado por alguém...
Se apresentar para alguém...
Conquistar alguém...
Satisfazer alguém...
Aprender com alguém...
Entender um alguém...
Dia após dia me desdobrando para entender as pessoas e as coisas sem prejulga-las, mesmo sendo um grande juiz incapacitado.
Dias e muitos dias vivendo a constante da vida de todos e igual a todos, mesmo que em diferentes lugares e com posses diversas, credos diversos...
Mas com as mesmas lamurias, incertezas e fragilidades...
Tentando todos os dias mudar e talvez ser mudado...
Moldado constantemente, mesmo sem querer, mas se vendo todos os dias diferente do dia anterior...
E o grande e amigo carrasco, o tempo, não fazendo nada, absolutamente nada para intervir, ajudar ou até mesmo aplacar a ira que os dias geram de não saber a resposta concreta para a inconstância das situações internas e externas de seres e seres... Da vida.
Dias de glorias, dias de fracassos...
Dias de respostas e dias cheios de incógnitas...
Dias esplendorosos e dias de desastres inesquecíveis...
Dias sem saber sabendo que de nada se vale o que se acumula por estas bandas de cá, mas que vivemos com malas cheias de ilusões e fantasias para que um dia, ou talvez uma noite possamos encontrar um lugar para colocar toda essa fortuna de tralhas de motivos inúteis de se correr tanto e tanto atrás do vento.
Elizeu B. de Oliveira

13 de abril de 2016

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