Já há alguns dias eu não passo aqui, já
se foram algumas horas e eu nada escrevo. Só observo...
Muitas coisas acredito que tem que
ser ditas, muitas coisas tem por obrigação serem escritas e a necessidade
avassaladores de muitas e muitas coisa serem lidas...
Quem me conhece, quem lê meus
escritos sabe que não sou superficial, e nem quero ser. Confesso que sou
medroso, não em todo tempo mas ainda temo algumas coisas.
Isso ao passar do tempo tem se esvaído,
o medo tem me deixado e isso tem se revelado de uma forma diferente. Tenho
visto não mais nas coisas que me rodeiam mas sim no interior, no meu próprio interior...
Coisas!
Quando falo de medo, tristeza,
solidão, ira, remorso, direção, caráter, brio, vontades, choros, respeito, descasos
e uma infinita gama de assunto, tento mirar nas coisas do dia a dia, nas coisas
a minha volta.
Isso é bom, isso nos da um norte, sei bem...
Mas o que tenho experimentado nos últimos meses
é que a volta, o retorno ao meu eu, ao interior de mim tem se aflorado refletindo
no que falo, faço e ouço.
Agora, tentar tirar e colocar, fazer
e acontecer. Envergar, corrigir e redigir, limpar e maquiar o maior dos vilões,
o grande mostro que preso vive e que em alguns instantes se aflora, a ira
contida é o amor introduzido, a tendência ao mau e a vontade louca de me
espelhar...
A grande mudança nunca se agiganta em
pouco tempo, e os fortes um dia foram frágeis bebês de colo...
O tempo muda, molda, trata, afaga, desperta...
O tempo líder, é ditador é consolador...
E a realidade se aflora pois de
dentro vem todo o racional e a parceria sua consigo mesmo passa a lhe dizer por
experiência própria que a hora de ouvir chegou...
A hora de reduzir chegou...
A hora de esperar chegou...
A hora de entender que de nada se
entende de tudo, chegou também...
A hora de entender que o tempo passou
e a chance maravilhosa chegou de expor o que agora você encontrou em seu interior...
Ser dito, falado ensinado.
Quem é detentor de toda a sabedoria?
Qual o humano capaz de prever e ver
futuro?
Quem pode dizer assertivamente todas
as coisas?
Quem pode sozinho ditar normas e
regras?
Quem conhece bem a si mesmo ao ponto
de não ser cobrado por sua própria consciência?
Somos seres aprendizes que nunca
chegaremos enquanto aqui vivermos a plenitude...
Mas poderemos sim, vasculhar os
escombros de nossos interiores e quem sabe descobrir em nós algo...
Voltando à essência?
Quem sabe nos dando um tempo
chegaremos à humildade de reconhecer que um simples tropeção, uma brincadeira,
uma comida, um bala perdida, uma batida de carro, uma queda de avião...
Será possível e suficiente para
destruir , derribar e naufragar um sonho...
Assim, procurar a diretriz será muito
bom, e através dela nos entender e ver que escolhendo a consciência livre, leve
e conectada teremos uma vida melhor, duradoura e sem vícios, sem contratempos,
constrangimentos e sobre tudo sem condenação.
O maior vilão dos dias atuais.
Elizeu B. de Oliveira –
01/12/2016
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