terça-feira, 26 de abril de 2016

... Existe alguém de coragem assim?

Se caso um dia alguém vir a lhe perguntar o que queres, agradeça-o e louve-o, pois de todas as situações que vivemos, e que ainda vamos ter que viver, é frutos de situações que simplesmente nos colocaram sobre as costas...
Parece assim meio que ruim, triste, nada prazeroso...
Não, digo sim que não tem nada a ver com ser ruim, claro que tem certas situações, obrigações que se pudesse eu pediria pra passar...
Mas tentando ser mais claro, e específico... Eu sou muito ruim...
Eu pessoa, ser humano, dotado de inteligência, sabedoria, dons e virtudes...
Eu ser humano que vivo a tentar intender minhas atitudes e ações...
Eu ser humano, gente, pessoa que se pudesse, refazia muitas coisas e dentre muitas coisas deixaria de fazer varias delas...
Hoje a cada um é posto ou mesmo lhe dado cargas, atributos e afazeres...
Confesso que no primeiro momento parecia maravilhoso... Mas que fadiga.
Não pense que é reclamação, ou mesmo lamurias por uma vida de coisas e situações difíceis ou impossíveis. Não mesmo!
É só a liberdade de dizer a verdade!
E digo mais, vivemos hoje camuflados, cheios de desejos contidos, reclamações digeridas e raiva contida...
Envelhecemos velozmente por tudo isso!
Talvez seja uma maneira que criei para extravasar, furar o bloqueio sentir mais leve... Talvez!
Mas assim como eu, muitos não falam, não gritam, não esbravejam, não choram...
Não extravasam...
E quando o faz, fazem de modos e maneiras erradas, tomam caminhos enganosos e se deixam levar por algo que nem sabem o que é...
Podemos sim, extravasar, mas não deixarmos de sermos filhos...
Podemos sim extravasar sem deixar de ser maridos ou esposas...
Podemos sim extravasar e não deixar de ser pai ou mãe...
Podemos sim extravasar e não chutar o pau da barraca.
Mas...
Podemos sim, entender os momentos e angustia e depressão de quem nos rodeia, um amigo, um irmão, pai ou mãe, esposo ou esposa, filhos...
Podemos sim deixar que extravasem, mas que de uma maneira solidaria ficamos surdos e mudos...
Podemos mostrar compaixão sim, ate mesmo na expectativa da física, pois o que uma ora acontece com os outros pode acontecer com você.
E assim eu extravaso...
Amo meus pais, quando me presenteiam, mas os odeio quando sou corrigido...
Amo meus irmãos quando se sacrificam por mim, mas não quero vê-los quando me dizem algum não...
Amo minha esposa, mas a odeio quando a vejo como juíza...
Amo meus filhos, mas odeio ter que velos quando enfermos.

Elizeu B. oliveira

26/04/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário