Se caso um dia alguém vir a lhe
perguntar o que queres, agradeça-o e louve-o, pois de todas as situações que
vivemos, e que ainda vamos ter que viver, é frutos de situações que
simplesmente nos colocaram sobre as costas...
Parece assim meio que ruim, triste,
nada prazeroso...
Não, digo sim que não tem nada a ver
com ser ruim, claro que tem certas situações, obrigações que se pudesse eu
pediria pra passar...
Mas tentando ser mais claro, e
específico... Eu sou muito ruim...
Eu pessoa, ser humano, dotado de inteligência,
sabedoria, dons e virtudes...
Eu ser humano que vivo a tentar
intender minhas atitudes e ações...
Eu ser humano, gente, pessoa que se
pudesse, refazia muitas coisas e dentre muitas coisas deixaria de fazer varias
delas...
Hoje a cada um é posto ou mesmo lhe
dado cargas, atributos e afazeres...
Confesso que no primeiro momento
parecia maravilhoso... Mas que fadiga.
Não pense que é reclamação, ou mesmo
lamurias por uma vida de coisas e situações difíceis ou impossíveis. Não mesmo!
É só a liberdade de dizer a verdade!
E digo mais, vivemos hoje camuflados,
cheios de desejos contidos, reclamações digeridas e raiva contida...
Envelhecemos velozmente por tudo
isso!
Talvez seja uma maneira que criei para extravasar, furar o
bloqueio sentir mais leve... Talvez!
Mas assim como eu, muitos não falam,
não gritam, não esbravejam, não choram...
Não extravasam...
E quando o faz, fazem de modos e maneiras
erradas, tomam caminhos enganosos e se deixam levar por algo que nem sabem o
que é...
Podemos sim, extravasar, mas não deixarmos
de sermos filhos...
Podemos sim extravasar sem deixar de
ser maridos ou esposas...
Podemos sim extravasar e não deixar
de ser pai ou mãe...
Podemos sim extravasar e não chutar o
pau da barraca.
Mas...
Podemos sim, entender os momentos e
angustia e depressão de quem nos rodeia, um amigo, um irmão, pai ou mãe, esposo
ou esposa, filhos...
Podemos sim deixar que extravasem,
mas que de uma maneira solidaria ficamos surdos e mudos...
Podemos mostrar compaixão sim, ate
mesmo na expectativa da física, pois o que uma ora acontece com os outros pode
acontecer com você.
E assim eu extravaso...
Amo meus pais, quando me presenteiam,
mas os odeio quando sou corrigido...
Amo meus irmãos quando se sacrificam
por mim, mas não quero vê-los quando me dizem algum não...
Amo minha esposa, mas a odeio quando
a vejo como juíza...
Amo meus filhos, mas odeio ter que
velos quando enfermos.
Elizeu B. oliveira
26/04/2016
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