Aconteceu-me um fato hoje que me deixou muito...
Sim, reticências, pois não encontrei uma palavra para demonstrar, para dizer.
Estava estudando e de repente minha filha me liga e percebi uma voz embargada do tipo, estou chorando. E claro, como todo bom pai, a menina dos meus olhos não pode estar triste, vou ver o que se passa o que esta a acontecer.
Fui ate onde ela estava e para minha surpresa estava vendo um filme. Parou tudo e olhou para mim. Estava mesmo com aqueles olhinhos todos cheio de lagrimas, narizinho escorrendo e fixamente a me olhar disse: - Pai, que filme lindo!
Nossa pensei, deve ser uma historia mesmo muito linda e acredito que pela forma que ela estava, poderia marcar sua vida.
Então ela começou a me contar sobre o filme. O enredo da estória era de compaixão, amor, cuidado e confiança.
Deu pra notar?
Deu para parar um pouquinho e ver algo extraordinário?
Deu pra perceber o que realmente pode mover?
Deu pra tentar pelo menos procurar saber o que nos move?
Uma criança de nove anos de idade consegue sim se emocionar com tais coisas...
Mas somente elas? E nós adulto? O que houve conosco?
Compaixão, amor, cuidado e confiança... Estórias para crianças mesmo não é?
Como anda meu coração? Como esta minha realidade diária?
O que tenho feito para que o prazer da vida seja algo natural e real?
Onde estou e o que ando fazendo?
Quais meus caminhos e quais as marcas que tenho deixado?
Em um mundo habitado por pessoas, onde anda os relacionamentos? O bem comum?
O amar alguém como eu me amo?
Poderia dizer que existem muitas pessoas más neste mundo...
Sim mas qual a causa?
A física explica que para cada ação uma reação... Pesado né!
Os meus atos, minhas atitudes tem criado barreiras, distancias e sobre tudo abandono e terror...
Tem criado monstros, tanto físicos quanto psíquicos.
Minha ganância, meu egoísmo e egocentrismo têm feito de mim um homem sem frutos, isto mesmo, sem o que sentir, sem o que alimentar. Alimentar minha alma e deixar de ser um robô, mesmo sendo composto de carne e ossos...
Compaixão?
Amor?
Cuidados?
Confiança?
Estas coisas hoje uso mesmo é para minha promoção, sensacionalismo barato e promoção do meu eu, da minha cara que na verdade não condiz com o que realmente sou...
Posso ate usar alguma destas coisas... Usar.
Então me fica como lembrete, um recadinho sutil e pequenino, naquele pedaço de papel da sacola de pão.
O que nos tornamos?
Que seres estranhos somos?
O que quer dizer mesmo sensibilidade?
Por que insistimos tanto em sermos tristes? Rancorosos? Ingratos? Presunçosos? Amantes de nos mesmos, simples mortais?
Tentamos todos os dias entender de tudo para sermos mais ricos, ter extatus, sermos bajulados e quem sabe notados.
Nossos dias são noites, e nossas noites são esconderijos de uma vida sem sentido e sem direção...
Nossa essência já desconhecemos, nossa visão já é turva e nosso querer é inserto e duvidoso...
Problemas com a fabricação? Acredito que não.
Mas caso seja, que tal procurar o fabricante?
Quem sabe assim com a sua permissão ele não recondiciona e restaura a criatura?
Quem sabe ao procurá-lo não retornaremos a ver o que a muito não mais vemos? E voltamos a ter sentimentos sem falsidade e escambo.
Quem sabe os requisitos que a muito não mais temos ou que somente o usarmos em momentos esporádicos possas realmente voltar a fazer parte da nossa vida, assim como de uma criança que sente e sabe realmente o que é viver devido a sua ingenuidade e dependência ao criador e ver o que não mais estamos vendo.
Não sou adivinho, longe de mim. Só me exponho na ânsia de retornar, voltar ao criador. Viver!
O querer intensamente em voltar a viver de maneira tal na qual fui criado para viver...
Viver como se fosse uma criança, sem pretensões, sem reservas, observadores dos pais, (sim pais verdadeiros), sonhadoras e sobre tudo felizes com o mundo todo que tem, mesmo sendo em uma simples e emocionante ficção.
Como dizia o poeta: É TEMPO DE OLHAR PRA DENTRO SER MUITO MAIS QUE TER.
Volte ao criador!
Tenho recebido, tenho compartilhado!
Elizeu B. de Oliveira
19/08/2014
Lendo seu texto Elizeu me lembrei do seguinte versículo: "Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;" Eclesiastes 12:1. Esse caminho de volta ao Pai (que se chama Jesus) não foi feito para ser trilhado sozinho, conte conosco. Amamos você!
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