São já duas da manhã, e de repente em meio a tantos
afazeres de faculdade e afins, pensei naquelas historias que ouvia quando
criança. Pensei, será que minha filha ouviria esta história com a mesma atenção
e tensão quanto eu há aproximadamente 30 anos atraz?
Será que ela daria a mesma atenção aos detalhes e
teria as mesmas preocupações e anseios que tive? E quem sabe o medo, será que
ela pelo menos teria medo?
Hoje não se tem muito valor coisas que no passado era
tudo o que precisávamos.
Uma caixa de papelão não passa de lixo...
Uma birosca ou como queiram bolinha de gude não passa
de um simples pedaço de vidro...
Chinelos de borracha (havaianas, tio - tio) não são
sinônimos de pneus de caminhões de lata...
Cabos de vassouras lindos alazões indomáveis...
Barquinhos de papel e aviões de papel (não sabem
fazer)...
Canhotos de talões de cheque (éramos as crianças mais
ricas do mundo)...
Tampinhas de garrafas (disputas intermináveis de
corridas)...
Caiu no poço? Você acha que alguém vai te tirar? Tenho
que rir mesmo.
Perdoem-me, parece até soar com um tom de revolta ou
sei lá.
A grande questão é como estão hoje nossos filhos? Como
as crianças de hoje estão mudadas...
Hoje se passa mais tempo dentro de casas do que fora
delas, não se tem mais espaço, pois, o que
resta para elas é a sala de um apartamento...
Os televisores... Estes são como soldados alemães na
era Hitler, dizendo a mesma coisa sempre, sempre e sempre.
Vocês não precisam ser fieis..., Esse negócio de
honestidade é coisa do passado..., Passe por cima não interessa os meios..., O
mais importante é você e só você.
Família? Não quero nem comentar...
Bem, pra terminar por hoje, uma coisa me chamou a
atenção sobre trazer e compartilhar.
Sobre manter vivas tradições e costumes, jeitos e
estilos familiares.
Vamos tentar pelo menos fazer como alguns brasileiros
que residem a muito fora do país, ensinando seus filhos a falarem a língua do
seu país de origem.
Vamos tentar manter vivo nossas raízes e a maneira
saudável que nos fez chegar até hoje, até aqui.
Deixemos um legado, uma marca.
Sejamos referência e um marco para as gerações
vindouras.
Elizeu Batista de Oliveira
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