Pense... que tal uma parada?

            O que posso fazer hoje para te ajudar?

O que posso fazer para que tenhas um dia melhor?

O que posso fazer para que o mundo seja melhor, mesmo que este mundo seja meu vizinho, minha rua, meu bairro?

As frases, “Confiar desconfiando”, “Males que vem para bem”, “Antes tarde do que nunca”... Me incomodam de mais.

Viver em cima do muro, ver a banda passar e deixar a vida levar...

Sair do dia, viver o futuro estando aqui, hoje, no presente... É cansativo, penoso e deprimente, sem contar na angustia e depressão.

Ai você pode estar se perguntando agora onde quero chegar, principalmente com base nas perguntas do inicia do texto...

Podemos dar vários nomes para nossa vida, chama-la de “luta”, “corrida com obstáculos”, “peleja”...

E sim será de fato tudo isso, se continuarmos olhando para ela, a vida, a nossa vida, da forma que temos olhado...

Esta difícil de mais...

A razão?

... TER.

Eu tenho que, para...

Eu tenho que ter, para poder ir...

Eu tenho que ter, para poder fazer...

Eu tenho que ter, para poder ficar...

Eu tenho que ter, para poder sorrir ou quem sabe chorar...

Eu tenho que ter, para poder olhar...

Eu tenho que ter, para poder ajudar...

Eu tenho que ter, para poder servir...

Eu tenho que ter, para poder compartilhar...

Eu tenho que ter, para poder amar.

... “nada tenho, mas o que tenho te dou...” Alguém se lembra dessa frase?

Chegamos a um ponto em que estamos condicionados, e a vida se transformou num balcão de negócio, toma lá da cá, se tens vai caso contrário esquecesse.

E o que de pior em tudo isso, passamos a negociar com nós mesmos, nos condicionamos e por esta razão paramos e a inercia elimina a razão de ser e nos apodrece nos decompõem e elimina a nossa essência e existência.

Não quero saber até quando viveremos assim, na verdade meu desejo é que todas essas mudanças comecem em mim...

Não me preocupar com o retorno da semente que foi lançada ao chão, mas no numero de pessoas que serão alimentadas por ela após a colheita...

Tá pesado, tá difícil, tá complicado... Falamos e ouvimos todos os dias.

Se está vai continuar...

Quem não tem...

Entregue sua vida ao vitimismo, restrinja-se a amigos qualificados, trabalhe triplicado se conseguir e sobreviva... Mas não sai dessa amargura eterna e solidão da alma de viver correndo atrás do nada...

Quem tem pouco...

Lute mais ainda, esqueça os bons momentos e amigos, família e passeios no parque para manter o que tens e ter mais um pouco para não acabar e claro um pouco de enganação sempre faz parte do teatro da sua vida...

E quem tem muito...

Engane-se e viva desconfiado de quem o rodeia, transborde-se de duvidas das reais razões das pessoas estarem ao seu redor, não deixe de mostrar ao mundo o suas posses, festas e viagens, porem não deixe de se preocupar e manter tudo que tens.

Retorica? Não!

Querer estar em outra posição, ter o que outros têm ser igual a outro alguém? 

De maneira nenhuma, afinal essa é uma das mais clássicas prisões...

Somente aproveite a essência da vida que tens, a capacidade de amar, perdoar, repartir, confiar, ser de fato quem és entender realmente que és de fato...

Respeite suas limitações, mas não se entregue ao engano do que vem de fora, ouça tudo e retenha o que é bom. 

Não sabe pergunte e se sabe não menospreza...

Seja confiante, porém não tenha medo de errar, ajuste e não permaneça no erro, às vezes saimos da rota...

Fale na fila do banco, na fila do pão e na reunião de pais e mestres...

Seja alguém que soma, contribua e que edifique alguém...

Não menospreze, o mundo é redondo e da voltas, e segundo a física, o que sobe acaba descendo...

Olhe mais no espelho, e somente para você interprete e sinta o quanto esperamos dos outros a verdade e sinceridade...

A humanidade e tudo que existe no universo eu vejo como um grande quebra cabeça, peças certas e definidas, encaixes finos e perfeitos...

Exige tempo e atenção, e isso não falta da parte de quem o criou.

          “O grande proposito de Deus resume-se em “UMA FAMÍLIA” de muitos filhos e todos bem parecidos com o PRIMOGENITO”.

 

Elizeu B. de Oliveira – 21 de outubro de 2021