Tenho observado com certo temor e um grande pavor às
mudanças nos dias, e isso não esta ligado à natureza, as coisas que acontecem
fora do ser humano, mas sim em nós, em nós seres que nos intitulamos sapiens, sábios
e detentores de raciocínios...
Tenho observado em mim e nas pessoas, tanto nas próximas
a mim quanto nas distantes também e vemos que essa tal humanidade, essa raça a
muito já perdeu a sua essência e nisto junto a sua habilidade de fazer com que
um futuro possa vir a existir, pois a questão mutua já se transformou em algo
desconhecido.
Mas posso ser questionado por que, qual o motivo
dessa minha devasta colocação?
Por que a falta de fé e esperança na tal humanidade?
E onde se origina tamanha perplexidade e aversão
trazendo palavras de medo e pavor?
A resposta é muito simples, já há algum tempo
pensamos tão somente em nós mesmos e isso é sem duvida o ponto crucial para o
final da nossa existência.
Então meu relato de hoje baseia-se em: Procurar ajuda e não encontrar!
Pedir por socorro e este não vir...
Clamar por ajuda e esta fazer-se de desentendida...
Clamar por partilhar e ser tratado como fardo, peso
para tal.
Tenho vivido uma realidade muito intensa de tudo isso
que estou dizendo, e vivenciando a falta de interesse do meu próximo no sentido
de socorrer-me...
A minha falta de querer ajudar ao meu próximo.
Tenho estado entre seres que parecem parar e
ajudar... Mas acho que não...
Tenho estado entre grandes nomes que estão
preocupados somente com seu nomes e nada mais.
Assim, uma questão que muito me tem ferido e não só
no meio acadêmico mais em muitos outros locais, vemos a falta de atenção e
cuidado por parte daqueles que nos rodeia...
Ao pedir informações sobre um trabalho requerido por
um professor, a atenção que tive foi somente um olhar do tipo gelado e cheio de
desdém...
Ao solicitar a ajuda do ser que ali estava ao meu
lado, a resposta que tinha que terminar o dele primeiro...
Ao se oferecer para fazer parte do grupo de estudo ou
trabalho ora realizado, desenvolvido, a resposta de forma taxativa foi que já
estavam completos e sobrecarregados.
É desta forma que caminha a humanidade, o tal ser
humano que ora gostaríamos de ser, tornou-se obsoleto, objeto de luxo ou
material em extinção...
Passamos a ser, viver e conviver com seres individuais,
calculistas, amantes de si mesmos e sem nenhum tipo de sentimento pelo futuro próximo,
no qual filhos, meus e deles abitarão, se isso vier a acontecer.
Deixo meu apelo, deixo meu sentimento, deixo minha
insatisfação...
Em quem nos tornamos?
O que seremos?
A te quando resistiremos?
Gostaria de saber!
Elizeu B. de Oliveira
10/05/2017
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