Hoje aconteceu um fato inusitado e deste acontecimento
pude continuar vendo o quanto sou mesquinho e o quanto sou mau.
Quero que entendam que em muitas situações me coloco
sim no lugar da humanidade, pois, como que o ser humano tem estado a cada dia
mais distante do amor, caridade e cuidado com o seu próximo. Por este motivo,
me incluo, pois que sou? Se não um ser que tem todos os defeitos e principalmente
um coração duro demais a ponto de não perceber e nem de estar sensível as
coisas que acontecem ao meu redor e o quanto tenho ignorado e negligenciado as
palavras e os ensinamentos que um dia Jesus proferiu e ainda continua a
proferir.
As quintas-feiras de todas as
semanas é realizada uma feira livre na minha rua. Então ao sair de casa eu,
minha esposa, minha filha e minha sobrinha, deparamos com algumas senhoras
ajuntando algumas sobras. O fato por si só já é deprimente.
Minha filha ao olhar aquela situação me pergunta se
elas faziam aquilo porque eram pobres.
Senti o peso, e confesso, é difícil ver um ser, uma
criatura, uma invenção perfeita do próprio Deus numa situação daquelas. É ver
que alguém como eu, para se alimentar e alimentar a família se submete a tal
situação.
E que é mais impactante, vemos nisso dignidade...
dignidade...? dignidade?
O que aconteceu comigo?
O que me fez deixar de pensar e ajudar meu próximo?
O que me fez tornar tão arrogante presunçoso e amante
de mim mesmo?
O que me fez esquecer que sou igual a qualquer um?
O que me fez esquecer que não adianta ajuntar só para
mim fortunas e esquecer outrem?
O que me fez esquece que ali esta uma pessoa como eu
mesmo e que sou criação do mesmo Deus?
O que me fez esquecer que o bem comum o partilhar é ensinamentos do próprio Deus?
O que me fez esquecer que sem o amor eu nada sou nada
posso e nada tenho?
O que me fez?... O que me fez esquecer?...
Assim é meu dia, levanto para correr atrás das coisas
desta terra, coisas que hoje tenho e amanha nada existirá...
Levanto-me para juntar grana, pagar contas... juntar
grana, pagar contas...
Levanto-me todos os dias para ter... ter... ter...
Deixei a muito de ser.
O que sou hoje (humanidade) uma maquina sem
sentimentos e louco, frenético por trabalho, corre-corre, dinheiro, posse,
viagens, status... O que sou?
Minha filha pergunta por quê? Será que é culpa do
criador?
Nunca!
Do criador não mesmo!
Mas da própria criatura que resolveu deixá-lo.
Deixamos o criador para traz, já não o ouvimos mais,
já não queremos mais seus conselhos, já não mais queremos ser direcionados por
quem realmente nos conhece... Quem nos criou que ama e que nunca passou em seus
planos a nossa alta destruição.
Escolhemos sim viver por nos mesmos, nos achamos
deuses e imortais. Somos o centro e tudo ao nosso redor tem que estar a nos servir.
Desta forma, não mais me entereça o que os outros passam, não é
responsabilidade minha a desgraça alheia...
O que tenho? Eu consegui... mérito meu... competência
minha... eu.
Então minha sobrinha, levado pela bondade e
convencimento do próprio Espírito Santo, me diz que gostaria muito de poder
fazer algo.
Eu novamente levando na cara...
Existia algumas crianças com estas senhoras que
recolhiam os restos, minha sobrinha me pergunta se poderia dar para aquelas
crianças comerem... Providenciou logo um pacote de biscoito e ofereceu a
elas...
No primeiro momento, um pouco temerosos recusaram, mas,
me acheguei e disse que poderiam pegar...
Mais uma lição e demonstração do que é Jesus em nós através
do seu Espírito.
Mostra mesmo que temos que voltar e ter a humildade,
carinho, simplicidade e amor de um pequenino para que assim a miséria do mundo desapareça.
Fazer com que o poder, as misericórdias e o amor de
Deus venham reinar e fazer grandes mudanças em tudo o que se vê hoje em nossos
dias...
Dias gloriosos de um século de grandes conquistas...
Tempos CHEIOS de NADA!
Sepulcros caiados.
Elizeu Batista de Oliveira
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